Educação & Cultura

Dois álbuns especiais celebram os 100 anos de Luiz Gonzaga

Discos, é claro, não poderiam faltar. Chegaram às lojas duas coletâneas especiais: Olha Pro Céu (Universal), em que sua obra é esmiuçada por vários intérpretes num disco duplo, e Gilberto Gil Canta Luiz Gonzaga (Warner/Discobertas).

Mesmo 23 anos após a morte de Gonzagão, que foi vítima de uma parada cardíaca, o músico continua a ser referência da música de raiz bem brasileira. Um dos grandes nomes da cultura nordestina, o pernambucano de Exu teve seus ritmos incorporados pelo Tropicalismo e virou símbolo de todo o cancioneiro popular da região.

Os lançamentos retratam toda a versatilidade de Luiz Gonzaga. Gilberto Gil, admirador confesso de Gonzagão, se debruça sobre suas canções nesta coletânea, que reúne versões de Gil para obras de seu mestre desde a década de 1970, quando retornou do exílio, até os anos 2000.

Apesar do material resgatar muito dos discos As Canções de Eu Tu Eles (2000) e São João Vivo (2001), há fonogramas interessantes, como Macapá, uma parceria entre Gonzagão e Humberto Teixeira (1915 a 1979), registrada por Gil somente no compacto Não Chore Mais, lançado em 1979.

Gil, aliás, aparece cantando a linda Juazeiro nos dois discos, mas o duplo Olha Pro Céu, com abordagem mais ampla, fornece um retrato mais detalhado das diferentes facetas do cantor, compositor e sanfoneiro. Há representantes da Tropicália, como Caetano Veloso, Gil, Gal Costa e Maria Bethânia, e também abre mais o leque de versões, com o Quinteto Violado (em Algodão, Numa Sala de Reboco, e o medley São João do Carneirinho/São João Na Roça/Polca Fogueteira), Fafá de Belém (Xamego) e MPB-4 (Derramaro o Gai).

Coletâneas costumam soar como caça-níqueis, mas a obra do Luiz Gonzaga merece ser revisitada sempre. (As informações são do Jornal da Tarde).

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