Por ora, só se passaram cinco partidas da metade final do torneio. Porém, o número de vitórias já é igual ao registrado nas 19 anteriores ao longo de todo o primeiro turno da disputa: três.
Entre eles, resultados que chamaram a atenção do país: 3 a 1 no Santos (com Neymar) e 4 a 0 no Vasco, quarto colocado – ambos fora de casa. O outro triunfo foi contra o São Paulo, em Pituaçu.
Ainda houve empates com o então líder Atlético-MG e o Sport, em Pernambuco. Os 11 pontos de 15 disputados dão um aproveitamento de 73%, o mesmo do Fluminense, o líder.
Mas o começo ainda pesa bastante, de acordo com o técnico Jorginho, apontado como o principal responsável pela reviravolta. A fase atual se confunde com sua estreia, em agosto. “Continuamos com a corda no pescoço”, repete o treinador a cada entrevista.
Sondado para assumir o Palmeiras, Jorginho conversou com a diretoria alviverde, mas o Bahia não o liberou. O treinador também gosta de se esquivar sobre o mérito do time no momento: “A ‘culpa’ é dos jogadores”, disse. Os atletas, por sua vez, enaltecem o trabalho do técnico, dizendo que finalmente um comandante está falando “o idioma do boleiro”.
“Antes, havia problema de comunicação”, afirmou durante a semana o volante Fabinho, um dos líderes do elenco, referindo-se indiretamente a Falcão e Caio Júnior, que também estiveram à frente do Bahia no Nacional.
Dentro de campo também foram feitas algumas mudanças. Além de a equipe promover uma marcação mais agressiva no gramado adversário, pôs fim a improvisações nas laterais. O Bahia não conseguiu ter dois jogadores de ofício da posição no primeiro turno inteiro devido a lesões do ex-corinthiano Coelho e do prata da casa Ávine.
O clube, então, partiu para a contratação de um lateral direito, Neto, e resolveu apostar no garoto Jussandro, 20, na esquerda. Deu certo.
Na frente, o centroavante Souza, outro com passagem conturbada pelo Corinthians, tem sido o artilheiro que faltava para a equipe baiana. Neste domingo, contudo, não poderá enfrentar o Figueirense, às 16h, em Salvador.
“Vai ser como uma final para a gente”, afirmou Fahel, termômetro no meio-campo. Seis pontos atrás na classificação, os catarinenses são adversários diretos na briga contra o rebaixamento para a Série B. (Informações da Folha de São Paulo).