Política & Economia

Tragédia em Jussiape: Wagner chega e acompanha o velório dos três mortos

Os dois foram mortos por um atirador, na manhã de sábado (24). Claudionor Galvão de Oliveira, 43, ainda matou o gerente da Embasa, Oderlange Pereira Novaes, 46, e baleou outros dois policiais. O atirador foi morto após o atentado.

Wagner chegou em uma aeronave na manhã de hoje. Os corpos do prefeito e da primeira-dama foram velados na residência do casal e depois foram levados para a Câmara Municipal, onde devem seguir em carreata até o cemitério da cidade. O sepultamento deve ocorrer no final da tarde de hoje.  

O corpo do atirador foi enterrado no início da manhã deste domingo. Nenhum familiar ou amigo de Claudionor foi ao cemitério assistir ao sepultamento. Alguns moradores de Jussiape estenderam faixas pretas na frente das casas em sinal de luto.

O secretário de Segurança Pública (SSP-BA) Maurício Barbosa, e o delegado-geral da Polícia Civil Hélio Jorge, chegaram na tarde de sábado no aeroporto Sócrates Bittencourt, em Brumado.

Os corpos do prefeito, da primeira-dama e do gerente da Embasa foram enviados na noite de sábado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Brumado, onde foram necropsiados. O prédio foi cercado por familiares e amigos ainda chocados com os homicídios. Também foi enviado para o DPT de Brumado o corpo do atirador Claudionor Galvão. 

Crime chocou cidade de 11 mil habitantes

Segundo informações da delegacia do município, o atirador Claudionor Galvão de Oliveira, 43, entrou no consultório médico ao lado da casa do prefeito e abriu fogo, atingindo Procópio Alencar. A primeira-dama Jandira Alencar, 71, chegava em casa quando foi atingida. Ela e o marido morreram na hora.

O gerente da Embasa, Oderlange Pereira Novaes, 46, também foi atingido pelos disparos. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital em Livramento de Nossa Senhora.

Após o atentado, o homem foi em direção à feira livre, mas foi localizado por uma equipe de policiais da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin-Brumado) que chegaram ao município junto com agentes da Polícia Civil de Livramento, além de policiais da 46ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).

O atirador reagiu e atirou contra os policiais. O soldado Miqueias Rosário Lopes foi atingido na perna. O outro policial Givanildo dos Santos Alves foi baleado na cabeça e está em estado grave. Segundo a assessoria da Polícia Militar, por conta da gravidade dos ferimentos, Givanildo necessitou ser transportado até o Instituto Brandão de Reabilitação (IBR Hospital), por uma aeronave do Grupamento Aéreo da PM. Um mototaxista também foi baleado durante o tiroteio. O autor do atentado foi morto na troca de tiros com os policiais.

Ainda não foi divulgada a causa do atentado, nem se houve a participação de outros envolvidos. Procópio Alencar (PDT) havia sido reeleito no cargo, com 58% dos votos, em outubro deste ano. Segundo a delegacia do município, os dois seriam rivais políticos nas últimas eleições.

Com a morte do prefeito, assume o vice, que permanece no cargo até dezembro. A nova gestão será realizada pelo vice-prefeito eleito junto com Procópio Alencar,  Gilberto Freitas (PSC), 43.

Crime político

Segundo o presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista) estadual, Alexandre Brust, a morte pode estar relacionada à briga políticas na região. “Como dizem no interior, parece que ele assuntou”, explica Brust. Ou seja, o adversário político teria ido tirar satisfação com o prefeito que havia sido reeleito para um novo mandato. Brust também não descarta a possibilidade do atirador ter perdido alguma aposta com a vitória do Dr. Procópio, pratica também comum no interior baiano.

Brust ainda comentou que depois de matar o prefeito, o atirador estava indo atrás de Gilberto Dos Santos Freitas (PSC), vice-prefeito, mas foi alvejado antes. “É um fato lamentável. Um assassinado bárbaro, que lamentamos profundamente na política baiana”, resumiu Brust.

Quem confirmou presença no enterro do prefeito foi o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que viajou neste domingo para Jussiape.  “Ele era como um amigo para mim. Um médico de 75 anos, que já estava indo para o seu terceiro mandato”, acrescentou Nilo. O presidente não quis comentar as motivações do crime. (Informações do Correio/ Foto: Manu Dias/Secom). 

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