Ainda esbanjando um corpo de atleta, boa praça, Edinho Jacaré esteve à vontade durante toda a manhã de domingo, jogando futebol, tomando cerveja e batendo com papo gostoso com os amigos, coisa que ele confessou “gostar muito de fazer”.
Com uma vitoriosa carreira profissional, o ex-jogador chamou a atenção principalmente dos torcedores do Esporte Clube Bahia, que são muitos em Pé de Serra e região. Mesmo tanto tempo depois de encerrar a carreira, Edinho ainda é chamado para tirar fotos e até dar autógrafos.
Domingo o ex-lateral jogou no meio campo, onde também encerrou a carreira, inclusive com grande passagem pela Jacuipense. Mas neste domingo ele jogou em todas as posições, requisitado que foi pelo público presente. Humilde, Edinho lembrou com emoção aquela memorável tarde de fevereiro de 1989, quando conquistou o Campeonato Brasileiro, o maior título de sua carreira, sobre o Internacional de Porto Alegre, no Estádio Beira Rio.
Amigo de todos, Edinho atendeu a nossa reportagem, falou da sua passagem pela Jacuipense e do título brasileiro, mas vez em quando era interrompido por um amigo que queria tirar um foto com ele, como fez o atual vereador pelo município, Geovan Ríos. Em um gesto de muita gratidão e carinho pelo Bahia, o vereador, além de uniformizado com a camisa do time preferido, ainda exibia o seu escudo.
Confira abaixo a entrevista de Edinho Jacaré ao repórter Noroel Fernandez:
Interior da Bahia – É sempre importante poder retornar para região, onde goza de muito prestígio, tendo em vista a passagem pelo Esporte Clube Jacuipense…
Edinho – Sim, é muito gostoso ter essa oportunidade de rever alguns amigos de Riachão, cidade que tenho enorme admiração, principalmente pela maneira como fui bem tratado, quando tive jogando no meu Leão Grená.
Interior da Bahia – Em 1987, o Bahia realizou um amistoso para entregar as faixas, no Estádio Eliel Martins, ao Brasil de Vila Guimarães, que tinha acabado de ser campeão jacuipense de futebol. Você estava naquele confronto?
Edinho – Claro, tive o prazer de estar em campo para jogar contra o meu Brasil, time amador de Riachão, muito bom, que tinha como dirigente o inesquecível Simão Cirineu.
Interior da Bahia – Qual foi a sensação de ter conseguido tanto prestígio após a conquista de um título brasileiro?
Edinho – Há! Isso foi uma coisa fantástica, todo mundo te elogiando, sendo comprimentado pelas pessoas na rua, enfim, é uma bênção e não tenho nem como descrever tanta felicidade.
Interior da Bahia – E sobre a boa participação do Fluminense de Feira de Santana no Campeonato Brasileiro da Série C, em 1991?
Edinho – Muito bem, tivemos uma campanha bem sucedida, mas acabamos perdendo o título na final contra a Tunaluso de Belém do Pará. Naquele momento, estava com 36 anos e pude dar minha contribuição com o Touro do Sertão.
Interior da Bahia – Atualmente o que faz?
Edinho – Tenho a Escolinha Progetal, com garotos que busam ingressar na carreira. Vamos procurar transmitir um pouco do que aprendemos.
Interior da Bahia – E a relação de amizade com Birineco?
Edinho – Me sinto à vontade para falar do meu amigo Birineco, onde já temos uma relação de amizades antiga e não poderia perder esse momento para comparecer nesse momento tão bem organizado.