Economia

Cortes no Banco Santander atingiram 1.280 funcionários em todo o país

O banco seguiu a determinação da procuradora regional do Trabalho da 10ª Região, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Em audiência de mediação na quarta-feira (12), em Brasília, a procuradora havia ordenado que o Santander repassasse o nome dos demitidos à Contraf. 

Em comunicado, a entidade ressaltou que as demissões foram em massa e que o número de dispensas só não foi maior por causa da mobilização dos sindicatos em todo o país. A confederação criticou ainda a maneira como as demissões ocorreram, sem discussão prévia com o movimento sindical nem justificativa diante do lucro de R$ 4,7 bilhões registrado pelo banco até setembro. 

A Contraf pede a reversão dos desligamentos ocorridos em dezembro. Durante a audiência no Ministério Público do Trabalho, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias, também propôs a suspensão das demissões ocorridas em dezembro, conforme liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRTSP) e pediu a abertura de um processo de negociação coletiva. 

O Santander não confirmou o número de dispensas. Informou apenas que a redução atingiu cerca de 1 mil pessoas do quadro de funcionários, o que representa 2% dos 55 mil empregados da instituição em todo o mundo. O banco alegou que os cortes têm como objetivo manter a competitividade em meio à transformação do sistema financeiro nacional.  

A companhia informou ainda que as demissões seguiram a legislação e que está implementando um programa de apoio aos funcionários desligados para facilitar a recolocação no mercado.

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