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Técnico do JC, equipe do Amazonas, é preso por injúria racial contra jogadora do Bahia

Na noite da última segunda-feira (8), o profissional foi preso em flagrante.

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um episódio de injúria racial marcou a comemoração do acesso do Bahia à Primeira Divisão do Futebol Feminino. No evento, Suelen, uma das jogadoras do Tricolor, mencionou ter sido alvo de uma ofensa racial pelo técnico do JC, Hugo Duarte. A atleta declarou à Polícia Civil ter sido chamada de “macaca” pelo treinador português.

Na noite da última segunda-feira (8), o profissional do time do Amazonas foi preso em flagrante. Ele permanece detido no Complexo dos Barris, em Salvador. João Carlos Dias Campos, presidente do JC, anunciou que a advogada do clube chegará a Salvador durante a tarde desta terça-feira (9) para acompanhar o caso.

Bahia e JC-AM disputaram as quartas de final do Brasileirão Feminino. Com o empate em 0 a 0, o Tricolor garantiu o acesso à série A da competição nacional. Em nota, a equipe baiana sustentou apoio a Suelen e exigiu uma resposta adequada à gravidade do assunto, reafirmando seu compromisso na luta contra toda forma de discriminação.

Na manhã de hoje (9), através de suas redes sociais, Suelen se posicionou a respeito do crime.

“A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça. Entretanto, lamentavelmente, ontem, na partida que garantiu o tão esperado acesso para a elite do futebol brasileiro, fui submetida ao ato de racismo praticado pelo criminoso treinador do time adversário, pois utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar minha negritude. A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista. Agradeço às minhas companheiras, família e ao @ecbahia por todo o suporte e acolhimento”, afirmou em publicação.

O Bahia informou, por meio de nota divulgada, que Vitor Ferraz, diretor de Operações e Relações Institucionais, segue acompanhando a atleta, junto com o advogado criminalista que presta assessoria ao clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunhas do caso.

(Foto: Letícia Martins / EC Bahia)

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