Ganhador dos prêmios Alphonsus Guimarães, da Biblioteca Nacional, e Jabuti, ele sofria de problemas respiratórios e estava em casa, no Rio. Entre suas obras mais conhecidas, estão ‘Palavra’ (1963), ‘À mão livre’ (1979), ‘3×4’ e ‘Rol’.
O escritor Armando Freitas Filho, considerado um dos maiores poetas do Brasil, morreu nesta quinta-feira (26), no Rio. Ganhador dos prêmios Alphonsus Guimarães, da Biblioteca Nacional, e Jabuti, ele sofria de problemas respiratórios e estava em casa.
Entre suas obras mais conhecidas estão “Palavra” (1963), “À mão livre” (1979), “3×4” (1985, vencedor do prêmio Jabuti), “Rol” (2016, vencedor do prêmio Rio de Literatura e APCA de 2016) e “Arremate” (2020).
Em 2022, aos 82 anos, o autor lançou seu primeiro livro em prosa, chamado com “Só prosa”, reunião de textos que trouxeram observações do cotidiano e lembranças de velhos amigos.
Freitas Filho foi tema do documentário “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície” (2016), de Walter Carvalho. O escritor e o diretor estiveram juntos na mesa de abertura da edição daquele ano da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
“Ficamos apaixonados”, brincou o poeta, arrancando risos da plateia. “Ninguém nunca tinha me olhado tanto”, continuou, em referência aos sete anos de duração das filmagens. Na ocasião, Freitas Filho falou ainda sobre a amizade com homenageada do evento naquela edição, Ana Cristina Cesar (1952-1983), um dos nomes mais cultuados da poesia marginal brasileira dos anos 1970.
A viúva do autor, Cristina, afirmou: “Nós estamos muito sentidos, mas a poesia dele é que fica”.
A escritora Laura Liuzzi citou que Freitas Filho como inspiração: “Sou poeta porque ele descobriu isso em mim. Vamos ter um trabalho de arquivologia para descobrir toda a escrita dele”.
Freitas Filho também foi pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, secretário da Câmara de Artes no Conselho Federal de Cultura, assessor do Instituto Nacional do Livro no Rio de Janeiro, pesquisador da Biblioteca Nacional e assessor no Gabinete da presidência da Funarte.
Além da esposa, o artista deixa dois filhos, Carlos e Maria, e dois netos, Lia e Max.
Fonte: G1