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Maguila aceitou doar cérebro à USP há 6 anos; saiba como funciona o processo

Decisão precisa também do consentimento da família. Ex-boxeador morreu nesta quarta-feira (24) em São Paulo. Ele lutava contra a doença degenerativa Encefalopatia Traumática Crônica.

Em 2018, a lenda do boxe brasileiro, José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, concordou em doar seu cérebro para pesquisa. O peso-pesado morreu nesta quinta-feira (24). Desde 2013, lutava contra a doença degenerativa Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), que é incurável.

Há seis anos, Maguila preencheu uma “declaração de vontade”, manifestando o interesse em doar o cérebro à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A instituição conta com um grupo que estuda as consequências de impactos repetidos na cabeça de atletas que praticam futebol, boxe e rúgbi, por exemplo.

Segundo a universidade, o documento deve ser assinado e ter firma reconhecida em cartório em duas vias — uma via fica com a faculdade e a outra, com o próprio ex-atleta ou a família. Esta é a primeira etapa do processo.

Após a morte do interessado na doação, vem a segunda fase. A família de Maguila precisa registrar um boletim de ocorrência comunicando seu falecimento e, em seguida, entrar em contato com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) da capital paulista, que fica dentro da própria Faculdade de Medicina.

Em seguida, o corpo é levado até o SVO, a “declaração de vontade” é apresentada e a disciplina de Topografia — que receberá o cérebro — é notificada.

“A partir daí é feito o preparo do cadáver no próprio SVO e, posteriormente, encaminhado para a disciplina de Topografia, para armazenamento e preservação na câmara fria, em baixíssima temperatura”, explicou a FMUSP.

Por G1

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