Thiago Ferreira Santos foi condenado hoje, dia 31, a 25 anos, 7 meses e 18 dias de reclusão pelo homicídio de uma criança de 9 anos, filha de sua ex-companheira, em sessão do Tribunal do Júri na cidade de Juazeiro. Os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público do Estado da Bahia, sustentada pelo promotor de Justiça Raimundo Moinhos. Ele sustentou que, Thiago Santos, movido por vingança após o término de seu relacionamento com a mãe da vítima, premeditou e executou o crime de forma cruel.
A investigação comprovou que, no dia 12 de julho de 2023, o réu atraiu a criança a um terreno baldio, onde a atacou com golpes de arma branca, impossibilitando sua defesa e causando-lhe extremo sofrimento. O promotor de Justiça demonstrou que o réu agiu com motivo torpe, utilizando meio cruel e se valendo de emboscada, em um ato que “chocou a comunidade local”. A tese apresentada ao Tribunal enfatizou que Santos agiu de maneira calculada, não apenas pelo término com a mãe da vítima, mas como forma de causar sofrimento à família.
Raimundo Moinhos salientou ainda que o réu causou sofrimento físico e psicológico desnecessário à vítima. A condenação reflete a gravidade do crime, que envolveu a vulnerabilidade de uma menor de idade e o abuso de confiança, já que a criança tinha uma relação de proximidade com o réu. “A decisão traz um sentimento de Justiça para a sociedade local que clamava por uma resposta condenatória, vez que o crime causou extraordinário clamor social pelas características da vítima, motivação e modo de execução do homicídio”, concluiu o promotor de Justiça.

Relembre o crime
A menina de 10 anos morta a facadas em Juazeiro, no norte da Bahia, teria sido atraída pelo suspeito depois que ele a convidou para fazer um lanche, segundo informações de Thiago Pessoa, delegado responsável pelo caso.
O delegado afirmou que o condenado teria encontrado com a criança na rua e a atraiu com a promessa de levá-la para fazer um lanche. “Durante o trajeto até essa suposta lanchonete, ele disse que decidiu ceifar a vida da criança”, contou o delegado.
O corpo de Ashila Gabriele Bomfim Mendes foi encontrado no dia 12 de julho, em um terreno baldio da cidade. Ela tinha desaparecido no começo da noite do dia anterior.
Ainda segundo o delegado, o suspeito encontrou um catador de recicláveis e pediu a ele uma faca. Depois, levou a criança para o final de uma rua e a matou. O corpo foi deixado nas proximidades do bairro João XXIII.
Fonte: Ascom/MP



