Estudantes desbravadores, do 3º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais, em Feira de Santana, encerraram uma Expedição Histórica no distrito feirense de Humildes nesta quarta-feira (6). No lugar, alunos conheceram a Igreja de Nossa Senhora dos Humildes e ouviram a moradora e agente de endemias do distrito, Márcia Costa, contar um pouco da história local.
“Por volta do século 18, outros desbravadores pararam aqui na região, às margens do rio Humildes, para eles e seus animais beberem água e descansarem. E com isso, muitos desses homens foram construindo casas neste território, o que favoreceu o surgimento do nosso distrito”, disse a moradora. O também morador e professor local, Ademir Cerqueira, confirmou palavras da agente de endemias e trouxe mais informações aos estudantes.
“Desses desbravadores, destaca-se Romão Gramacho Falcão, que mandou construir a Igreja de Nossa Senhora dos Humildes. Assim, pessoas construíram residências ao redor do templo, o que favoreceu o comércio e, por consequência, o crescimento do distrito”, frisou o professor. Em suas pesquisas, o estudante desbravador João Lucas Freitas descobriu que Humildes tem indústrias nacionais e internacionais. “Por que esse distrito ainda não se tornou cidade?”, perguntou ele.
Segundo Márcia Costa, fazer de Humildes cidade é desejo antigo dos seus moradores, que inclusive já formaram comissão e foram ao Governo Federal, em Brasília, para terem essa conquista. “A prefeitura de Feira de Santana tem alta arrecadação de impostos aqui, por conta das indústrias. E isso dificulta que nosso distrito consiga se desmembrar de Feira e se tornar cidade também”, acrescentou ela. Desbravadores, que são da Escola João Paulo I (JPI), estiveram em Humildes na quarta-feira (6).
Através da Expedição Histórica, iniciada com alunos cantando na escadaria da Prefeitura Municipal no dia do aniversário da cidade, comemorado em 18 de setembro, eles desbravaram o distrito de Tiquaruçu, no dia 30 de outubro; e o Mercado de Arte Popular e Calçadão da Rua Sales Barbosa, além da Praça e do Casarão Fróes da Motta, em 16 de outubro. Ação integra o tradicional projeto ‘Vivendo Feira: Ontem, Hoje e Sempre’, desenvolvido pela Escola JPI junto às suas turmas do 3º ano.
Vivendo Feira
Projeto envolve componentes curriculares de História, Geografia e Língua Portuguesa; e trabalha cultura, identidade, valores, pertencimento e o desejo de construir uma cidade melhor fazendo parte dela e conhecendo seus monumentos e espaços. “Encerraremos o Vivendo Feira com espetáculo musical, protagonizado pelos estudantes, no dia 2 de dezembro, às 19h30, no Auditório Mére Marie Marguerite, situado no Colégio Padre Ovídio. No espetáculo, estudantes apresentarão às suas famílias um pouco do que aprenderam sobre nossa Princesa do Sertão”, declarou a integrante da coordenação pedagógica da Escola JPI, professora Karine Oliveira.