Na madrugada desta segunda-feira (23), Taiza Lima da Cunha, de 20 anos, foi encontrada morta em sua residência na Rua do Cruzeiro, em Conceição do Coité, interior da Bahia. De acordo com informações preliminares, a jovem pode ter sido vítima de feminicídio por esganadura, ato que interrompe o fluxo de ar e oxigênio ao pressionar o pescoço.
A tragédia veio à tona após o companheiro de Taiza procurar a irmã da vítima, identificada como Rosy, por volta das 3h30 da manhã, para relatar o ocorrido. Segundo Rosy, o homem afirmou que ambos estavam conversando na cama quando Taiza tomou um susto e “não acordou mais”. Desconfiada, Rosy acionou um conhecido que é policial, o qual identificou inconsistências no relato do suspeito.
Marcas no pescoço e versões contraditórias
O corpo de Taiza apresentava hematomas no pescoço, o que levantou suspeitas entre os policiais e as autoridades responsáveis pelo caso. O companheiro alegou que as marcas eram “chupões” resultantes de momentos íntimos, versão que foi prontamente descartada pela equipe investigativa.
O guarda municipal Moreira, verificou que o homem que estava próximo a delegacia de Coité e segurou o indivíduo até a chegada dos PMs.
O delegado Mateus Nery informou que o boletim de ocorrência está em fase de finalização e que as perícias no local do crime e o exame de necropsia serão fundamentais para determinar a causa da morte.
Relacionamento conturbado
A irmã de Taiza revelou que o relacionamento da jovem era marcado por constantes brigas e ameaças por parte do companheiro, mas Taiza nunca chegou a registrar boletins de ocorrência. Rosy, agora devastada pela perda, pede que a justiça seja feita e que o caso seja devidamente esclarecido.
“Eles brigavam muito, e ele a ameaçou diversas vezes. Minha irmã nunca denunciou, mas eu só quero que tudo seja esclarecido e, caso ele seja culpado, que pague pelo que fez”, desabafou Rosy.
Feminicídio e violência contra a mulher
O caso de Taiza Lima da Cunha reforça a triste realidade do feminicídio no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou cerca de 1.400 casos de feminicídio em 2023. Muitos desses crimes são precedidos de um histórico de violência doméstica, como no caso de Taiza.
A família da jovem agora aguarda respostas enquanto o corpo permanece sob os cuidados do Departamento de Polícia Técnica.
O caso segue em investigação.
Fonte: Portal Raízes
