A Bahia foi o segundo estado com maior índice de dificuldade de acesso à creche no ano passado, conforme o Panorama do Acesso à Educação Infantil no Brasil, da Organização Não Governamental (ONG) Todos Pela Educação.
O estudo, divulgado na última segunda-feira (11), aponta que 220,5 mil crianças de 0 a 3 anos estão sem acesso à creche no estado, ficando atrás apenas de Minas Gerais com 247 mil crianças.
A situação é ainda pior quando se trata de crianças de 0 a 1 ano. Na Bahia, somente 8,3% desse público conseguiu acesso à creche em 2024.
Em Salvador, a situação é semelhante, onde 26,1% das crianças de 0 a 3 anos têm dificuldade de acesso à creche e o problema também é maior na faixa etária de 0 a 1 ano. Assim como Porto Velho e Belém, a capital baiana tem 0% de crianças de 0 a 1 ano matriculadas em creche.
A TV Bahia entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Salvador (Smed) para pedir um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Já a Secretaria de Educação (SEC) da Bahia informou através de nota que, mesmo não sendo de responsabilidade da gestão estadual, o governo da Bahia tem feito um esforço, junto aos municípios, para firmar convênios que viabilizem a construção de creches.
Por meio do regime de colaboração, o Estado, desde 2023, formalizou 80 convênios, somando um valor superior a R$ 138,2 milhões. Conforme a SEC, os recursos são destinados para que os municípios construam creches, escolas e quadras esportivas para a primeira infância (0 a 5 anos), bem como para a aquisição de equipamentos e mobiliário.
Além disso, o órgão estadual disse que também apoia o Programa Mais Infância, uma iniciativa desenvolvida pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) para melhorar as condições de creches e escolas comunitárias com ações que visam capacitar educadores, assessorar e prestar assistência a creches comunitárias. Ao todo, programa beneficia 120 creches comunitárias, 700 professores de educação infantil e 10 mil estudantes de Salvador.
Por g1 BA e TV Bahia
