
A Polícia Civil, por meio da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da Delegacia Territorial (DT), com o apoio da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sisal) deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, a operação “Falso Crédito”, com o objetivo de desmontar uma organização criminosa especializada em aplicar golpes financeiros contra idosos na cidade de Serrinha. O grupo é acusado de aliciar aposentados para contratar empréstimos consignados e desviar o dinheiro das vítimas para as contas da organização criminosa.
Foram cumpridos mandados de busca domiciliar, além de três mandados de prisão preventiva contra um casal líder do esquema e um terceiro suspeito de envolvimento no crime. O trio foi identificado pelas iniciais G. B. de J. S., E. C. N. de S. e Y. N. de S. Se indiciados, eles podem responder por furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Como funcionava o esquema – De acordo com o delegado James Feitosa, responsável pelas investigações, o grupo utilizava uma instituição financeira, localizada na Rua Campos Filho, no Centro da cidade, para aplicar golpes contra beneficiários do INSS. Os golpistas se apresentavam preferencialmente aos idosos com idades entre 70 e 80 anos e prometiam conseguir empréstimo por meio da aposentadoria das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, os golpistas pegavam os dados dos idosos, como senhas de cartões de crédito e débito, além das informações de acesso da plataforma digital do Governo Federal das vítimas, que dá acesso ao aplicativo Meu INSS, responsável por serviços relacionados à Previdência Social.

Após entrar na conta da vítima, os suspeitos pediam um empréstimo no nome do idoso e quando o valor era recebido, eles usavam os dados fornecidos pelas vítimas para acessar o dinheiro e transferi-lo para as próprias contas bancárias ou a de laranjas, enquanto o idoso ficava com a dívida do empréstimo e os bancos com o prejuízo financeiro.
As investigações também revelaram que um dos suspeitos possui 181 contas bancárias vinculadas ao seu CPF. Os três presos tinham mais de 200 contas ativas. A Justiça determinou o bloqueio de valores existentes nessas contas. Até o momento, o prejuízo causado às vítimas é estimado em R$ 77 mil. A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar outros envolvidos no esquema
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu 49 munições de arma de fogo, 71 folhas de cheque, que somam cerca de R$ 95 mil, R$ 2.752 em espécie e US$ 12, três celulares e um notebook, 24 cartões bancários, dois cadernos de anotações, documentos de idosos e papéis da empresa investigada.
Fonte: Cleristonsilva.com



