
No mesmo dia em que o ex-deputado federal José Carlos Aleluia (Novo) se lançou pré-candidato ao governo da Bahia, logo depois de aparecer com 1% das intenções de voto em uma pesquisa Quaest/Genial, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), que lidera o levantamento com 41%, e o presidente do PL da Bahia, João Roma, que figura com 4%, demonstram unidade da direita na Bahia em Vitória da Conquista.
Ao lado do prefeito Bruno Reis (União), eles participaram da abertura do Festival de Inverno da “Suíça baiana”. Concederam até uma entrevista juntos em meio à decisão de Aleluia, que pode dividir a oposição e favorecer o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que pontua com 34% na pesquisa.
“O momento é de diálogo e de construir convergências. O nosso objetivo é oferecer à Bahia uma alternativa sólida em 2026”, disse ACM Neto em Conquista.
A movimentação ganha ainda mais relevo pelo fato de ter ocorrido imediatamente após a entrada de Aleluia no tabuleiro eleitoral. Ex-deputado federal pelo União Brasil e dirigente histórico da direita baiana, ele lançou sua pré-candidatura pelo Novo, partido que passa a comandar no Estado e que deve abrigar também, no futuro, o filho do ex-parlamentar, o vereador de Salvador Alexandre Aleluia, hoje no PL.
Segundo aliados, a presença conjunta dos três em Conquista reforça também a tentativa de intensificar a aproximação entre União Brasil e PL, partidos que já têm discutido estratégias para reduzir a fragmentação da oposição. Em 2022, João Roma concorreu ao Palácio de Ondina e tirou votos preciosos de ACM Neto no primeiro turno. Os dois agora trabalham para superar as mágoas do passado.
Roma, que apoiou Bruno Reis no pleito de 2024, ressaltou a importância de manter a oposição conectada com o eleitorado do interior na entrevista em Vitória da Conquista.
Na sexta-feira (22), em conversas com a imprensa, José Carlos Aleluia afirmou que não é o momento de falar em composição com ACM Neto. Ele também atacou o PT.
“Nós estamos há quase 20 anos com o mesmo governo, o mesmo governo, o mesmo grupo, a mesma forma de governar, o mesmo modelo. E a crise da Bahia. A Bahia, que já é mais profunda, agrava-se mais ainda diante da crise nacional. As pesquisas mostram claramente que a população não quer mais continuar no rumo em que está, no Brasil e na Bahia. E aí, dessa indignação, surgiu a minha pré-candidatura”, declarou o ex-parlamentar.
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