DestaqueEconomia

Mensalidades de escolas particulares terão reajuste de 9,8% em 2026, diz pesquisa; famílias devem ser informadas a partir de outubro

Valores não levam em conta apenas a inflação, mas também o encarecimento das contas públicas (como luz e água) e os salários dos professores. Setor privado de educação básica afirma que lucratividade está em baixa, mesmo com reajustes.

Foto com Link

Foto com Link de Direcionamento

Descrição da imagem

Clique na imagem para ser redirecionado para o site.

As mensalidades das escolas particulares devem subir, em média, 9,8% na virada de 2025 para 2026, prevê um levantamento da empresa de consultoria Grupo Rabbit. É um valor que, se concretizado, representará mais do que o dobro da inflação esperada para o próximo ano (4,81%).

“O reajuste não tem relação direta apenas com o índice inflacionário, mas com a necessidade de manter o funcionamento da escola, cobrindo gastos como salários de professores e tarifas de serviços públicos”, afirma Amábile Pacios, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

“A lei estabelece que a correção pode ocorrer uma vez por ano e deve considerar tanto as despesas fixas — como aluguel, energia e água — quanto possíveis melhorias, como a inclusão de uma nova disciplina. São esses dois princípios que orientam qualquer planilha de custos.”

Ela refere-se à Lei º 9.870/1999, que regula essas cobranças — e que obriga as instituições de ensino a informar as novas taxas com, no mínimo, 45 dias de antecedência em relação ao prazo final de matrículas.

Segundo Pacios, os colégios privados tendem a divulgar as novas mensalidades já em outubro.

Nos últimos anos, os índices de aumento foram os seguintes:

  • 9,3% em 2023/2024;
  • 9,5% em 2024/2025.

Lucratividade em queda

Apesar dos reajustes sucessivos, a rentabilidade média do setor caiu para 14%, considerada muito baixa para empresas prestadoras de serviços, afirma o levantamento.

A educação infantil foi a etapa mais afetada, já que concedeu descontos próximos de 25% durante a pandemia — e ainda não recuperou integralmente sua margem de lucro. As demais etapas de ensino conseguiram implementar aulas on-line durante a Covid-19 e tiveram um impacto menor.

O estudo traz, por outro lado, um sinal positivo para o setor: em abril de 2025, as rematrículas alcançaram o recorde de 83%. A evasão para escolas mais baratas foi baixa, resultado atribuído à gestão mais eficiente e às estratégias de negociação com as famílias.

Amábile confirma a tendência, mas pondera que o avanço não é uniforme: “A lucratividade está muito difícil. Apenas os grandes grupos conseguem manter margens”, diz.

Por G1

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo