Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social e presidente nacional do PDT, concedeu entrevista a VEJA nessa sexta-feira (24) com o objetivo de em sua perspectiva, prestar esclarecimentos sobre o grande escândalo do INSS escancarada no primeiro semestre deste ano.

Durante a conversa Lupi falou sobre a notícia política cearense que mais repercutiu nesta semana: a filiação de Ciro Gomes ao PSDB: ”Tenho um carinho enorme por ele, uma das maiores inteligências que já vi na minha vida. Mas ele é muito feroz, tem um temperamento forte’‘.

Segundo o ex-ministro a quebra de aliança com Cid Gomes (PSB) em 2022, fez com que a hegemonia da sigla pedetista se desmoronasse. ”Ele arranjou uma briga que começou pelo seu irmão, quando Cid sai do PDT, ele leva 50 prefeitos, e cartas de liberação de 10 deputados estaduais. E o Ciro quando sai do partido, leva o restante, então nessa briga quem perdeu? O PDT”. Em tom esperançoso disse: ”Nós [políticos] temos muitas frustações, mas sigo Darcy Ribeiro, perdi muitas batalhas na minha vida, mas jamais gostaria de estar ao lado de quem me venceram, porque quem me venceu foi a mediocridade”.

Questionado sobre a presença de bolsonaristas do evento de filiação de Ciro, André Fernandes e Capitão Wagner, Lupi disse que tem muitas reservas com ”essa gente”. ”Essa direita que existe no nosso país é uma direita do ódio, fico preocupada em como falam tanto de Deus, e pregam o ódio, descriminação…pra mim não dá!”.

Carlos Lupi afirmou não perder as esperanças e que nunca é um adeus: ”Fiquei triste, estou triste, sinto perder um membro da família, nunca digo um adeus mas um até breve”.

Fonte: Ceará Agora