De camelô e artesão em Feira de Santana, na Bahia, José Batista Leite da Silva, o volante Batista, virou uma espécie de xodó dos companheiros de clube. E até ganhou apelido de goleador, contrariando sua função em campo. No Botafogo, o jogador é chamado de Batigol. Mas nada a ver com o ex-atacante argentino Gabriel Batistuta.
Batista diz que o apelido surgiu durante os treinos, já que demonstra certa facilidade para marcar gols considerados bonitos por ele e pelos companheiros de clube. O volante lembra ter recebido o apelido no início deste ano, e reafirma ter este rótulo por ter marcado contra o Santos, no último sábado.
– Os colegas me puseram este apelido e aproveitei para marcar um gol na nossa primeira vitória no Campeonato Brasileiro. Espero fazer mais, mas a minha primeira função é defender – disse Batista, orgulhoso.
O volante, nascido em Jacobina, a 300 quilômetros da capital baiana, foi criado em Feira de Santana. Ao largar a barraquinha de camelô, passou a jogar pelo Palmeiras do Nordeste, em 2000, e depois pelo Catuense. Mas foi no Botafogo que veio o reconhecimento.
Aos dez anos de idade, Batista chegava nas feiras para vender sandálias e artesanatos com o seu pai. Mesmo pertencendo a uma família humilde, ele diz que não precisava ajudar a sustentar os familiares. A grana que entrava no fim do dia era para comprar o que precisava.
– Ainda bem que eu não precisava sustentar o pessoal lá em casa. Eu trabalhava para comprar as minhas coisinhas, uma roupa, um brinquedo. Era uma época divertida, mas agora a minha responsabilidade aumentou.
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