O levantamento foi feito em todo o Brasil na última semana, do dia 27 de dezembro a 2 de janeiro. No fim de outubro, em apenas 10 estados não era vantagem encher o tanque com etanol.
Segundo o representante da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, o preço do etanol estava defasado no primeiro semestre de 2009. Com o recorde de vendas de carros flex, que representaram 90% dos automóveis novos comprados, os preços se recuperaram e o equilíbrio entre oferta e demanda foi alcançado em junho.
Segundo Prado, o excesso de chuvas no período de colheitas fez com que as máquinas ficassem paradas cerca de 20 dias a mais do que o normal, além de piorar a qualidade da cana, que tinha menos sacarose e contribuiu para reduzir a produção de etanol em 1,8 bilhão de litros. Essa quantidade é equivalente ao consumo nacional de um mês.
Um novo equilíbrio entre a oferta e a demanda do produto deve ocorrer somente a partir de março, porque nessa época já haverá cana para colher e as usinas querem evitar algo que nunca tinha acontecido na região: o fim da colheita com cana-de-açúcar ainda na lavoura.
Considerando-se apenas os últimos cinco meses, o aumento do preço do etanol nas bombas foi de 21%. Atualmente, apenas em sete estados é vantajoso abastecer o carro flex com etanol: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. Como o veículo flex com álcool tem 30% menos autonomia (volume gasto para percorrer a mesma distância), para o seu uso ser vantajoso o consumidor deve pagar por ele pelo menos 30% menos do que o preço da gasolina.
De acordo com a pesquisa da ANP, o estado de Mato Grosso tem o etanol mais barato, custando, em média, R$ 1,60. Roraima oferece o combustível mais caro, a R$ 2,15. Em São Paulo, maior estado consumidor, o valor médio é de R$ 1.
Com informações da Agência Brasil