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Os 30 anos do Plano Real foram comemorados com auto exaltações da equipe de economistas que de forma brilhante conceberam sua moldura teórica. Infelizmente, na segunda metade do segundo tempo reconheceu-se a importância do papel de Fernando Henrique no Ministério da Fazenda. Infelizmente, deixaram como pitoresco coadjuvante o presidente Itamar Franco.
Sem Itamar e sua decisão de tomar riscos, FHC estaria condenado a disputar uma cadeira de deputado e os professores continuariam redigindo trabalhos acadêmicos.
RICÚPERO – Dessa fogueira de vaidades escapou, com brilho, o embaixador Rubens Ricupero, que substituiu FH na Fazenda. Foi um ministro correto e detonou-se dizendo que falava do que havia de bom e escondia o que havia de mau. Não sabia que estava sendo gravado e perdeu o cargo.
Relembrando esses tempos, disse ao repórter Luiz Guilherme Gerbelli:
“Caí porque disse muita bobagem.”
Ricupero completou 50 anos no serviço público sem ter dito outras bobagens e sem circular na porta giratória do mercado. Se as pessoas reconhecessem suas bobagens com a lisura de Ricupero, as coisas melhorariam bastante. (Elio Gaspari / O Globo/Folha).
Nota da Tribuna da internet– Além de menosprezar a importância de Itamar Franco, o melhor presidente desde Juscelino Kubitschek, os celebradores do Plano Real esqueceram também do ministro da Fazenda que substituiu Rubens Ricupero e segurou o tranco da adoção do importantíssimo programa econômico. O nome dele é Ciro Gomes, que vive sendo esquecido. (Carlos Newton)