EsporteMundo

Mundial: Primeira rodada mostra que distância entre brasileiros e europeus “real” é muito pequena (se é que existe)

A vitória não veio, mas Palmeiras e Fluminense tiveram atuação de luxo contra Porto e Borussia Dortmund

Foto com Link

Foto com Link de Direcionamento

Descrição da imagem

Clique na imagem para ser redirecionado para o site.

Um equívoco comum é sintetizar o “futebol europeu” a um punhado de supertimes que, de fato, são quase imbatíveis, ao menos em relação ao ponto de vista de outros continentes. Mas a Europa não pode ser resumida a Real Madrid, Liverpool e PSG (na verdade, eles são a exceção), e assim ficou claro na primeira rodada da Copa do Mundo de Clubes: os brasileiros não apenas foram competitivos, mas também dominantes contra os adversários europeus que cruzaram o seu caminho.

Agora há pouco, por exemplo, na estreia mais temida pelos brasileiros, o Fluminense protagonizou diante do Borussia Dortmund praticamente um ÜBERFAHREN (no caso, “atropelamento”, em alemão). Durante a maioria do jogo, a equipe de Renato Portaluppi impôs um ritmo intenso, fazendo os alemães passarem um pavor que não viviam desde a contraofensiva soviética ao Cerco de Stalingrado. A vitória não veio por capricho, e também por uma decisão absolutamente errada de Everaldo, mas a atuação merece, sim, ser motivo de orgulho.

Finalização de Canobbio – Fluminense x Borussia Dortmund — Foto: REUTERS

O roteiro se mostrou bastante semelhante à estreia do Palmeiras, no sábado, que também dominou plenamente o Porto e saiu de campo lamentando os pontos extraviados. É claro que podemos classificar tanto Dortmund quanto Porto como equipes de uma “segunda prateleira” do futebol europeu, os adversários possíveis de encarar de peito aberto, mas também é verdade que os portugueses frequentemente disputam instâncias eliminatórias de competições continentais, enquanto o time alemão há pouco tempo estava decidindo uma Champions League.

Não há, portanto, por que subestimar o sucedido: Palmeiras e Fluminense mostraram que é o parâmetro brasileiro que está elevado. Ambos foram times propositivos, que jogaram de forma corajosa, dispostos a esticar a corda do protagonismo até onde for possível. Esse comportamento e esse desempenho refletem um momento de afirmação do futebol brasileiro de clubes e, por que não, indicam a pequena distância que existe entre nós e o que poderíamos chamar de “futebol europeu real”.

Nos demais confrontos envolvendo brasileiros, o Flamengo teve uma atuação padrão para vencer o Espérance, mostrando todas a virtudes que costuma apresentar e também eventuais motivos de aflição: impôs consistente domínio ao longo do jogo, mas nem sempre conseguindo transformar isso em contundência ofensiva. Na sexta-feira, contra o Chelsea, que também venceu o Los Angeles FC de forma protocolar, teremos um dos confrontos mais aguardados desta primeira fase — aquele tipo de jogo que define objetivos e intenções.

O ponto preocupante da primeira rodada foi o segundo tempo do Botafogo contra o Seattle Sounders, resultado da postura do time e de algumas preferências de Renato Paiva, o que gerou um sufoco terrível para garantir a vitória. E a sequência é madrasta, pois logo ali, na quinta-feira, tem o Paris Saint Germain, justamente um daquelas exceções europeias que representam um futebol quase alheio à realidade.

Por Ge

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo