Deuses orixás que parecem Xerxes, o rei persa de “300”. Lutas em cima de árvores que lembram “O Tigre e o Dragão”.
E um senso de vingança puramente “Kill Bill”. São muitas as referências pop de “Besouro”, o filme nacional de maior orçamento a ser lançado neste ano, mas nada mais brasileiro do que seu enredo, com capoeira, candomblé e escravidão.
O longa tem estreia no próximo dia 30, em 150 salas de cinema, e vem cercado de expectativas, principalmente após uma popular campanha na internet que atraiu milhares de pessoas para um blog e um canal dentro do YouTube, repleto de vídeos de bastidores e trailers.
“Tem chance de sucesso, sim, é um filme de ação com as técnicas mais apuradas do mundo. Mas, mercadologicamente, o problema é que se passa no [começo do] século passado e sem ator conhecido.” De fato, os três protagonistas são estreantes. Ailton Carmo, 22, é professor de capoeira e guia turístico de Lençóis (BA). Ele faz o vaidoso Besouro Mangangá, um dos maiores capoeiristas da história, que fez sua fama no Recôncavo Baiano, nos anos 20. No filme, ele tem um melhor amigo, Quero-quero (o também capoeirista profissional Anderson Santos de Jesus), com quem vai disputar o amor de Dinorá (a estudante de teatro Jessica Barbosa).
As filmagens foram feitas em quatro locações na Bahia, buscando a natureza exuberante da região, como a turística Lençóis ou Xique-Xique do Igatu, com 360 habitantes.
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