Economia

Radialistas baianos decidem pela greve a partir da sexta-feira de carnaval

Os trabalhadores reunidos na Faculdade de Arquitetura da UFBA, votaram pela paralisação enquanto suas reivindicações não forem atendidas, entre elas, um reajuste salarial de 11,40%. 

Espelhados no movimento de 1990, quando repórteres, cinegrafistas, motoristas, operadores, técnicos, locutores e produtores suspenderam suas atividades fazendo com que a cobertura jornalística e a produção de programas locais nas quatro emissoras de televisão e nas rádios ficassem interrompidas durante três dias, os trabalhadores decidiram pela greve.

Nesse período a negociação com os patrões só foi possível depois da deflagração do movimento grevista pela categoria e parece que agora não está sendo diferente. O patronato oferece uma proposta de reajuste de 4,11% e diz que não vai mudar de idéia.

Em 1990, houve 95% de adesão da categoria ao movimento grevista. As eleições baianas de então não foram transmitidas e, dessa vez, o carnaval também não será.

Os trabalhadores se manifestaram a favor da greve, uma vez que estão cansados de serem desrespeitados. O setor teve crescimento comprovado em torno de 7% em 2009 e uma previsão de 10% para 2010, segundo a FENAPRO (Federação Nacional das Agências de Propaganda).

Já foi realizado um ato em frente à Rede Record, segunda-feira (08), reunindo um grande número de trabalhadores, que não entrou para trabalhar. Como conseqüência, o telejornal Bahia no Ar deixou de ser exibido. Os trabalhadores demonstraram vontade de avançar na luta, enquanto conversavam com os sindicalistas e, sobretudo, falaram da necessidade de impor respeito e fazer com que os patrões tenham mais consideração pelos funcionários.

Agora os radialistas prometem canalizar todo potencial de luta para conquistar os seus objetivos. Eles prometem parar as emissoras, como foi feito na Record, forçando os patrões ouvirem as suas reivindicações.        

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