Política & Economia

Souto: Bahia precisa de plano de redução de homicídios

Não é possível conviver com o grande número de assassinatos que ocorre atualmente no estado, e afeta principalmente os nossos jovens”, afirmou o presidente estadual do Democratas, o ex-governador Paulo Souto, em entrevista ao radialista Armando Mariani, no programa Balanço Geral, da Rádio Sociedade da Bahia, na manhã desta quarta-feira (31/03).

Para o pré-candidato democrata ao governo da Bahia, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que eram campeões nos índices de violência, já reduziram suas taxas de homicídios, provando que existe solução para o problema. “O Mapa da Violência, estudo internacional divulgado ontem, confirma o crescimento da violência na Bahia, no período do atual governo, e a diminuição no Rio e São Paulo”.

A pesquisa “O Mapa da Violência – Anatomia dos Homicídios no Brasil”, de acordo com Souto, é mais um levantamento que ratifica a escalada da violência na Bahia, junto com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, o Fórum Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, e os dados oficiais da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).

Apesar de o Mapa da Violência abranger dados de até 2007, o estudo demonstra a tendência de crescimento da taxa de homicídios na Bahia, ao contrário de outros estados, onde houve diminuição. “O mais grave é que, segundo os dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública, essa tendência se agravou em 2008 e 2009, totalizando mais de 13 mil assassinatos durante a atual gestão governamental”, diz Paulo Souto.

O ex-governador manifesta preocupação com “o holocausto de jovens que ocorre no estado, principalmente nas periferias das cidades”.  “Mesmo com os programas sociais do governo federal, que melhoraram a renda da população mais pobre, a violência aumenta na Bahia, numa demonstração de que o crescimento das taxas de homicídios é decorrente principalmente da falta de ação governamental”.

Na avaliação de Paulo Souto, há um descontrole policial e o governo tem demonstrado indiferença com relação ao problema da segurança pública, porque não prioriza a grave questão. “As polícias civil e militar precisam perceber que o governo está interessado em melhorar o sistema público de segurança. Infelizmente, o que vemos é a redução de investimentos no setor, como ficou provado no ano passado, quando a execução do orçamento de segurança pública não chegou a 25% do previsto”.

Informações da Assessoria

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