Polícia

Conquista – Promotora abandona Força Tarefa

Suposto atentado

Na madrugada do dia 4 de março, o carro que o marido da promotora dirigia teria sido atingido por dois tiros. O suposto atentado teria ocorrido na madrugada do mesmo dia em que os dez policiais foram presos.

Ameaças

De acordo com a promotora, ela estava sofrendo ameaças desde o início das investigações relacionadas a morte de onze jovens e do desaparecimento de três adolescentes em Vitória da Conquista. A série crimes aconteceu depois que o soldado Marcelo Lima Silva foi assassinado no mês de janeiro com um tiro na nuca no bairro Alto da Conquista, mais conhecido como Alto da Colina.

O secretário de Segurança Pública do Estado afirmou que não se tem “nenhuma evidência concreta, nenhuma evidência firme de que ela esteja sofrendo ameaças”

Por outro lado, Oliveira rebateu o posicionamento do Secretario de Estado, “Ele foi incauto quando disse que a perícia do meu veículo não constatou nenhum tiro. O tiro não foi no veículo, foi na lataria do carro e essa retirada foi feita do veículo porque logo depois dos tiros meu marido bateu o carro, em virtude do susto que ele tomou. Para cautelar provas, nós tiramos a parte desse material da lataria do veículo, que está aqui conosco. Portanto, os dois tiros estão aí. Se foi atentado, se foi tentativa de assalto ou se foi uma brincadeira, eu não sei”

Mudanças

Esta é a segunda mudança na chefia da referida Força Tarefa. No mês de março, todo comando das investigações foi substituído e a promotora Ana Rita Nascimento foi substituída por Genisia Oliveira. Ainda não se tem informações de que assumirá o comando das investigações realizadas pelo MP.

Protestos

Por volta das 11 horas da manhã desta terça-feira, cerca de 50 manifestantes tomaram as ruas do centro de Vitória da Conquista pedindo melhoria na segurança pública no município como também que os policiais militares sejam soltos.

Parte dos manifestantes são amigos e familiares dos policiais que estão detidos no Batalhão de Choque em Salvador. Parte dos manifestantes seguraram cartazes e faixas que diziam “Direitos Humanos sim, injustiça não”, “Polícia na prisão e ladrão soltando rojão”, “ A Polícia não é inimiga da sociedade”.

Segurando o microfone esbravejaram contra a “insegurança pública que tem tomado conta de Conquista”, como também afirmaram que a Promotora que estava a frente das Força Tarefa, “ afastou-se do caso por determinação do Ministério Público e não por pedido próprio”. A promotora foi chamada de “incompetente” por manifestantes.

No último domingo, o grupo realizou manifestações na Praça da Saudade, Bairro Sumaré. Segundo os manifestantes, eles irão realizar outro protesto na cidade na manhã da próxima quinta-feira na Avenida Integração.   

Por Ramon Gusmão

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