O caso do assassinato do delegado titular da 18ª Delegacia de Polícia de Camaçari, Clayton Leão, enquanto cedia uma entrevista a rádio Líder FM, de Camaçari, não passou despercebido pelos pré-candidatos ao governo do estado da Bahia.
O caso que teve intensa repercussão nacional, sendo noticiado nos principais jornais e portais, além das diversas emissoras de rádio e TV do país, foi utilizado como plataforma de discurso pelos pré-candidatos. Os oposicionistas “colaram” na notícia como críticos da atual gestão e de seus números negativos na segurança pública do estado.
Ferrenho crítico do aumento de violência na Bahia, principalmente no interior, o ex-governador Paulo Souto (DEM) endossou o discurso que tem disseminado pela sua peregrinação na Bahia. “É preciso priorizar a questão e o governador precisa tomar para si a responsabilidade de buscar soluções para acabar com essa tragédia diária que sofre atualmente o povo baiano”.
Para o ex-ministro da Integração Nacional e deputado federal Geddel Geddel Vieira Lima (PMDB), esse fato é mais um “a mostrar o clima de violência e insegurança na Bahia, onde os bandidos não mais respeitam sequer a polícia”. “A verdade é que a Bahia está desprotegida”, completa.
Em defesa as críticas dos concorrentes, o governador Jaques Wagner (PT) classificou os discursos como “inoportunos”, e salientou que ambos se aproveitam da tragédia para tirar favorecimento político. “Não reconheço autoridade em nenhum dos dois para falar sobre a segurança pública. Um ficou 16 anos no poder, como governador, vice e senador e não parece que tenha deixado uma boa polícia. O outro é um franco atirador que vai vender todas as ilusões do mundo para tentar se qualificar”, disparou.
O deputado federal ACM Neto (DEM) também fez coro às críticas, afirmando no plenário da Câmara Federal que espera que o governador, ao invés de só se preocupar em fazer política, “coloque a mão na massa”, “pois o seu desgoverno está custando a vida de cidadãos baianos”.
Por Leandro Matos