Política & Economia

Pinheiro elogia Waldir e nega acusação aos carlistas de ter relação com o crime

Em entrevista à imprensa, Pinheiro disse que nem Cristo teve unanimidade, ao se referir à disputa e a divergência dentro do partido pela sua indicação e a do ex-governador Waldir Pires. “Orgulha a qualquer um postulante ter a oportunidade de fazer um grande debate de ideias com uma figura como Waldir Pires”, disse.

Ainda se referindo ao seu “adversário”, salientou que Waldir não pode ter agora um papel secundário dentro do partido. “Waldir tem um papel importante, um papel de ponta, pois é uma figura que contribuiu muito”, frisou.

Acusações ao carlismo

Na entrevista, Pinheiro também foi perguntado sobre as suas declarações na última semana quando afirmou que os carlistas (Paulo Souto e César Borges) foram coniventes com o crime e que receberam apoio financeiro do crime organizado. As declarações foram motivadas pelas críticas feitas ao governo Jaques Wagner (PT) durante a repercussão do assassinato do delegado Clayton Leão, em Camaçari.

“Não, eu não fiz acusação nenhuma a ninguém. O que eu disse foi uma resposta ao senador César Borges e ao governador Paulo Souto, que declararam que o governador Jaques Wagner tinha lavado as mãos”, se defendeu.

Endurecendo as críticas, acrescentou: “Eu disse e repito peremptoriamente: lavar as mãos foi o que eles fizeram durante oito anos de gestão, porque um foi seqüência do outro. Não fiz nenhuma acusação. A crítica que eu fiz foi pelo fato deles tentarem politizar o crime, o que na nossa opinião não deveria ser desse jeito”, complementou.

Arquivos da Câmara dos Deputados mostram que o discurso proferido pelo deputado Walter Pinheiro no dia 27 de maio, realmente acusa os carlistas de terem recebido financiamento do crime organizado.

Leia o trecho:

“(…) A Bahia, atualmente, é conhecida nacionalmente como o Estado que mais gera emprego, que mais cresce, mesmo num cenário de dificuldade. A violência atual é fruto da inoperância de governos passados, que não tiveram coragem de enfrentar o crime organizado. Pelo contrário, juntaram-se a ele, até em financiamento de campanha“.

Por Leandro Matos

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