Polícia

Jornalista é assassinado por vingança em Caicó, no RN; assassino já foi preso

Segundo a Polícia Civil de Caicó, F.Gomes estava na calçada quando um homem em uma moto disparou vários tiros e fugiu. O radialista foi levado para o Hospital Regional de Seridó, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

F. Gomes trabalhava atualmente na rádio Caicó e era repórter freelance do jornal “Tribuna do Norte”. Ele também mantinha um blog com o seu nome e postou em setembro uma denúncia de suspeita de troca votos por crack, na região do Seridó, que repercutiu nacionalmente.

No Twitter, algumas pessoas sugerem que o F. Gomes teria sido assassinado devido a denúncias contra traficantes de drogas da região. A Polícia Civil não confirma as denúncias e não soube informar se o radialista havia recebido ameaças.

Confissão

 

João Francisco dos Santos, o Dão, 24 anos, confessou ao delegado da Divisão Especializada em Combate ao Crime Organizado (Deicor), Ronaldo Gomes, na tarde desta terça-feira, que foi ele quem chegou na moto preta, na porta da casa de F.Gomes, e disparou cinco tiros de revólver calibre 38 contra o jornalista, na noite da segunda-feira, por volta das 21h30. 

O acusado teria executado a vítima devido às denúncias que F. Gomes fazia enquanto jornalista, sobre o envolvimento de Dão com o tráfico de drogas. Mesmo que João assuma a completa autoria do crime, o delegado trabalha com a hipótese de um mandante ligado ao crime organizado da região. O acusado teve sua prisão temporária decretada e levado para Presídio Pereirão.

Poucas horas após o crime, a Polícia Militar prendeu Dão em diligências como suspeito. A PM encontrou uma calça, sandálias e um capacete prato, objetos iguais ao que as testemunhas tinham visto no assassino de F.Gomes. Com ajuda de denúncias da população, os policiais detiveram o suspeito em sua casa. Depois de ser conduzido até a delegacia pela PM, Dão foi liberado por falta de indícios, segundo o delegado de Caicó, George David.

O acusado só retornou a delegacia em razão de um pedido do representante da Deicor, que agora preside o inquérito. Entre uma detenção e outra foram mais de 12 horas, tempo suficiente para o executor do crime fugir. A polícia descartou a possibilidade do crime estar ligado às denúncias feitas pelo jornalista sobre a suposta troca de votos por crack em Caicó.

Com informações da Folha Online e do Diário de Natal

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