Isso por causa da equação “movimento maior = mais transações com cartões = risco de apagão das máquinas = clientes irritados”.
O receio não surge sem precedentes: na véspera do Natal passado, uma pane generalizada nas máquinas da Redecard atingiu por três horas o comércio de todo o país.
“Precisei vender com cheque sem consulta ao Serasa para não ser prejudicado”, lembra o dono do Depósito de Meias Gregório, Fernando Parcekian, 48, que possui três máquinas em sua loja. Ele disse que já chegou a ficar 72 horas com o sistema inoperante”, conta Parcekian, que diz solicitar, em média, a reposição de dez equipamentos todos os anos.
Para Ruy Nazarian, presidente do Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo), nesta época do ano é preciso redobrar a atenção e ter zelo extra “para não sair no prejuízo”. Parte da responsabilidade, contudo, é do empresário. Problemas por mau uso do aparelho, como botões quebrados ou cabos rompidos, também causam prejuízos.
O diretor-executivo da Redecard, Alessandro Raposo, diz que a pane foi pontual. “Houve falha em um componente de comunicação”, explica, salientando que o problema não voltará a acontecer. “Após o apagão, nós elaboramos um plano preventivo e treinamos uma equipe.”