Economia

Bahia Mineração: em tom de ameaça, empresa diz que pode fechar as portas

O vice-presidente da Bahia Mineração, Clóvis Torres, empresa diretamente interessada em exportar minério de ferro pelo novo porto, afirmou neste domingo no jornal A Tarde, em tom de ameaça velada, que a instalação do porto em outra localidade que não a Ponta da Tulha, seria economicamente inviável e que se a licença ambiental for negada a empresa fecharia as portas no Estado.

Ora, além de descabida, a declaração tem ares de bravata. A Bahia Mineração não pode fechar suas portas no Estado, afinal aqui está a grande jazida de ferro de Caitité e sem ela não existe Bahia Mineração. 

A implantação do Porto Sul é um anseio de toda a Bahia, especialmente da região sul, mas isso não significa que o vice-presidente da empresa empurre goela abaixo dos baianos a localização que parece lhe mais viável.  

A localização do Porto Sul deve ser a mais viável, não apenas para a empresa, mas para a Bahia e, nesse sentido, tem razão o Ibama, ao afirmar que existem outras possibilidades de localização além da Ponta da Tulha, como, por exemplo, o Porto de Malhado, o Distrito Industrial e a localidade de Aritaguá.

Declarações como essas não ajudam o governo, pelo contrário, criam um clima que não condiz com um projeto que busca o desenvolvimento da Bahia.

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