Meio Ambiente

Especial: Repórter faz um apanhado dos estragos da trovoada em Riachão

Por volta das 18 h as nuvens começaram a aglomerar e ai a tromba d’água caiu do céu e em todos os bairros foram registrados prejuízos.

Barra: Um dos bairros mais prejudicados foi a Barra, nem bem foi inaugurado o calçamento das ruas às margens da BR-324, o mesmo já está todo esburacado com a chuva, residências mais uma vez foram invadidas pelo esgoto que retornou nas casas através de ralos e vasos sanitários, fato que lembrou uma chuva parecida no mês de novembro de 2010, uma moradora inclusive teve seu vaso sanitário carregado pelas águas, e no lugar em seu banheiro ficou agora um buraco:

“E agora, como vou usar o banheiro? Isso é uma vergonha, não tem nem um mês que inaugurou estas ruas, isso e um absurdo, estou revoltada”, disse uma moradora.

Moradores destas ruas queimaram pneus e fecharam o transito por conta dos prejuízos, em uma oficina de carros e chaparia um muro caiu com a força das águas. Ainda na Barra, na Rua Manoel Mascarenhas, mais de 15 casas foram prejudicadas, a moradora Maria Jose perdeu todos seus moveis e eletrodomésticos, e por pouco sua mãe não perdeu a vida.

Outro morador prejudicado foi “Baiúca” que também teve sua casa invadida pelas águas, no momento da enxurrada e na ânsia de ajudar os visinhos por pouco “Baiúca” não foi levado pelas águas e também não foi atingindo por um raio:

“Perdi tudo, estou sem nada em casa até meus documentos foram levados, foi prometido pelo Prefeito e o Secretario de Obras que isso seria resolvido e nada, desde a época que você era da Gazeta Alana, eles lhe tiraram de lá por causa disso e falaram que iam resolver, e até agora nada, e agora nós vamos reclamar onde, nem as rádios daqui falam nada, ele calou todo mundo, isso é absurdo eu vou pro Ministério Publico”, disse Maria Jose entre lagrimas e desespero por ver toda sua casa recém reformada destruída.

“Não pensei em nada só em ajudar ela e a mãe, esqueci até de minha família na hora, inclusive a geladeira dela vinha sedo arrastada pela água e me imprensou na grade”, frisou “Baiúca”.

Motivo do impasse

Todo impasse se dá por conta de uma casa que precisa ser indenizada, mas a prefeitura, por outro lado se nega ao acordo, no local passa uma espécie de beco, de cerca de 80 cm entre uma casa e outra, mas não da conta da vazão. A água chegou a cerca de 1,30 de altura.

“Baiúca” precisou quebrar parte de um muro do Colégio Nossa Senhora da Conceição para a água escoar, caso a casa fosse indenizada seria derrubada e se abriria uma rua, para o escoamento ser melhor. Até as 17 h da tarde deste sábado ninguém ligado a prefeitura ou secretaria de obras esteve no local.

Alto do Cruzeiro: Neste bairro também houve prejuízos, moradores das ruas da parte baixa do bairro sofreram com águas de esgoto voltando por ralos dentro de casa, pois estas mesmas ruas estão sendo pavimentadas e não tem para onde escoar a água de chuva, uma moradora que não tivemos acesso a identidade, perdeu todos seus mantimentos, esta sem comida, assim como ela vários moradores do bairro estão na mesma situação, a lama chegava na altura de 10cm do chão das casas do bairro.

Cleriston Andrade: No bairro Cleriston, os problemas foram os mesmo de cinco meses atrás. Uma senhora conhecida por Fia teve a casa invadida pelas águas mais uma vez:

“Não agüento mais isso toda chuva é a mesma coisa, já dei queixa na promotoria, quero ver agora se não tomam providencias, fizeram a queda de água da rua errada, toda na minha porta estou cansada de comprar moveis e perder tudo na água”, falou ela a nossa reportagem.

Casas do fundo da rua da senhora Fia, próximas a um riacho, também passaram pelos mesmos transtornos, moveis, mantimentos e eletros foram todos perdidos. “E agora quem vai pagar estes prejuízos, perdi televisão, geladeira, sofá, cama, guarda roupas, e agora?”, indagou uma moradora.

Alto do Cemitério: Já no Alto do cemitério, a drenagem da praça nova conhecida a Praça do Fórum recém reformada e inaugurada a cerca de um ano, fez a água retornar para casas próximas ao prédio escolar Pedro Paulo, inclusive na casa do vereador Orlando Menezes, nossa reportagem não o encontrou para confirmar o fato. Já na casa do senhor Zico, até animais de estimação morreram, patos, pintos, gatos entre outros.

Na Rua Voluntários da Pátria, casa foram invadidas também pelas águas. Segundo moradores as manilhas que dão vazão da água se estreitam na saída para o rio Jacuípe, fazendo as águas voltarem para a rua.

Falta de energia

Vários bairros da cidade ficaram sem energia, no Alto do Cemitério foram mais de 24h. Um raio atingiu o transformador fazendo com que o mesmo queimasse e ele teve de ser substituído, fato que só aconteceu neste sábado por volta das 18h;

Os bairros Asa Branca, Cleriston Andrade, parte do Jatobá e rua J.J. Seabra também ficaram sem energia até a manha deste sábado (12). Na Praça Landulfo Alves, o lado direito não tinha luz enquanto que o lado esquerdo tinha, esta curiosidade se dá pelo fato de a energia da Praça ser de duas fases, ou seja, redes diferentes.

Esse apagão que atingiu a Praça Landulfo Alves, atingiu também todo bairro da Barra, mas por volta de meia noite a energia foi restabelecida, alguns moradores reclamavam do atendimento pelo 0800 da Coelba, que dava informações desencontradas e não registrava as queixas, fato que fez com a demora em resolver o problema aumentasse mais.

Por Alana Adrielle

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