Riachão do Jacuípe, a terra onde os poderosos gritam, mais agora é a voz do povo que é escutada pelas autoridades.
Como já dizia o eterno Cazuza em uma das suas canções “Que país é este?”. É esse o questionamento da população jacuipense e das cidades circunvizinhas.
Na cidade de Serrinha, o leite é comercializado de forma “clandestina”, mas em Riachão do Jacuipe a história é outra. A lei é severa com os menos favorecidos, já com os “grandões” da sociedade a lei é outra.
Um pai de família, que sofre problemas de saúde, 12 filhos para sustentar, fica preso durante 5 dias por esta trabalhando. Já o ladrão e o assassino anda pelas ruas de cabeça erguida sem medo de nada.
O leite tirado de sua própria vaca Seu Raimundo, serviu como a chave da cadeia. Autoridade é quem trabalha pelo bem das pessoas e em defesa da sociedade, não contra ela.
Exigir que as leis sejam cumpridas e respeitadas, não quer dizer colocar um cidadão de bem atrás das grades e derramar seu sangue branco,seu suor,seu sacrifício de todos os dias que inicia as 04h e só termina às 18 quando o gado é apartado.
Sem direito a salário, nem folga, férias e muito menos a 13º. Trabalhando para alimentar vidas. Estamos numa sociedade “maluca”, onde quem está trabalhando dignamente é preso e sofre constrangimento e quem mata é só curtição. E agora, a quem procurar? Quem deu a ordem para derramar o leite, já matou a fome muitas vezes com esse LEITE CLANDESTINO. A anos atrás não existia congelamento,LEITE PASTEURIZADO,carne refrigerada. Ninguém nunca morreu por isso.
Há tempos atrás a implicância era com a carne. Queimaram carne, deram um banho de produtos em carnes frescas prontas para o consumo humano. Aí eu pergunto a você, já morreu algum ser humano por ter consumido a carne “clandestina” e o leite “clandestino”.
Concluímos então que Riachão do Jacuípe está forma da lei contra os indefesos. Mais será que todas as leis estão sendo cumpridas e cobradas de forma igual? Será que todos estão sendo punidos de forma correta? Será que trabalhar agora é crime?
V.M – um Jacuipense Jovem e indignado com essa situação.
