Economia

Bahia viabiliza a maior mina de vanádio do Brasil no município de Maracás

O projeto é em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, que é a detentora dos direitos minerais das áreas.

A exploração desse depósito mineral dará uma visibilidade técnica, econômica e social muito grande à Bahia, tanto no cenário nacional quanto no internacional, pois transformará o Estado no principal fornecedor de ferro-vanádio do Brasil, produto atualmente essencial em diversos segmentos da indústria siderúrgica.

O início da implantação do projeto aconteceu em 2007, com trabalhos de sondagens complementares e realização dos estudos de impactos ambientais e de pré-viabilidade, tendo a Licença de Localização (LL) sido obtida em 2010.

O vanádio é um mineral usado em aços (tem como objetivo aumentar a resistência e reduzir o seu peso) e, principalmente, na indústria aeroespacial, mas também como catalisador nas indústrias de petróleo e gás (tubulações), na ferroviária, e em ferramentas manuais e materiais cirúrgicos.

Sua comercialização é feita através do ferro-vanádio (FeV), que é um sólido não tóxico e que deverá ser produzido pela empresa a partir de 2012.

           

Projeto vai transformar a região

Com a operação financeira junto ao Mark Brennan, anunciada no mercado do Canadá no último dia 11 de março, as atividades de engenharia serão iniciadas de imediato, com previsão de implantação física do empreendimento ainda para este ano.

“Esse momento é de grande satisfação para nossa empresa, juntamente com nossos parceiros, em especial a CBPM, com a qual continuamos a contar para enfrentar os desafios que se impõem”, disse o senhor Kurt Herwig Menchen, administrador da Largo Mineração.

“Para a Bahia e o Brasil a implantação desse projeto será muito importante, pois o vanádio consumido aqui vem de outros países, principalmente da África do Sul”, afirma o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena Neto. Avena informa ainda que a produção mundial de vanádio não chega a 70 mil toneladas/ano e, como o consumo supera as 150 mil toneladas/ano, a diferença tem que ser obtida através da reciclagem.

Com a implantação do projeto, a expectativa de produção anual da Vanádio de Maracás é de 5 mil toneladas de liga derivada do vanádio. Como o Brasil consome 1,2 mil toneladas, o excedente será exportado pelo Porto de Salvador para a China, Estados Unidos e países da Europa.

“Isso vai significar um desenvolvimento imenso para a região de Maracás, pois, além do crescimento do comércio local, haverá a capacitação e aproveitamento da mão de obra do município”, afirma o presidente da CBPM, Alexandre Brust.

O projeto prevê ainda a construção de um complexo composto por minas, parque industrial, adutora de água e linha de transmissão de energia, devendo gerar, na implantação, cerca de 1.500 empregos diretos e 4.500 indiretos. Na operação está previsto cerca de 600 empregos diretos e 1.800 indiretos.

Da redação do Interior da Bahia

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