Esporte

Bahia chega e torcida reza por Jobson

Dos dez jogadores que chegaram (o restante do elenco ficou no Rio de Janeiro e se reapresenta nesta segunda-feira (20), à tarde), o agora ‘Anjo Tricolor’ foi o mais assediado.

Em meio a pedidos de fotos, autógrafos e muita gritaria, o atacante fez questão de alertar aos desavisados. “Pô, ainda me chamam de diabo? Não existe mais isso. Agora, sou o Anjo Tricolor”, dizia Junior, sorridente, indagando depois. “Que torcida é essa? Domingo, mais de 50 pessoas aqui. Sensacional.”

Porém, o semblante de felicidade ganhou contornos de preocupação ao ser questionado pelo torcedor Paulo José. Assim como boa parte dos tricolores presentes ao saguão do aeroporto, o administrador queria saber: “cadê Jobson?“

Com julgamento marcado para amanhã, na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, o paraense nem veio com a delegação. Ficou no Rio de Janeiro, de onde viajou ontem mesmo para o país europeu, acompanhado pelos advogados Carlos Portinho, Marcos Mota e Anibal Segundo (do Botafogo).

Oração

 

Jobson será julgado na Suíça por causa do doping em 2008 que acusou uso de cocaína. A CAS vai avaliar a redução de pena conferida  pelo STJD, de dois anos para seis meses – já cumprida.

“É o momento de orar e pedir ao bom Deus que interceda por ele. Antes de retornarmos, nós conversamos. Eu falei: ‘Moleque, vai na fé que tudo dará certo’. Ele estava bastante emocionado e rezava [Jobson é evangélico]”, contou Junior, agora o dono da camisa 99 do Esquadrão. 

A decisão da CAS sai em até 60 dias. Dessa forma, mesmo que seja punido, o artilheiro tricolor na Série A, com três gols, teoricamente pode atuar pelo time até a 18ª rodada. Boa notícia para Junior, que, confiante, já pensa na alcunha da dupla.

“Bonde? Não gosto. Corrente da fé? Pode ser, sei lá. Aceito sugestões”, brincou o atacante, que, assim como Jobson, tenta no Bahia se refazer na carreira. Para tanto, apega-se à fé. “Passei por um momento chato no Ceará. Fiquei na reserva, ninguém gosta. Orei por dias melhores. Graças a Deus, chegaram. Ele (Jobson) teve esse caso do doping. Dispensa do Atlético-MG, enfim. Agora, também está dando a volta por cima.”

Para Junior, a forma como foi a estreia com o manto azul, vermelho e branco acabou sendo um sinal divino. O atacante entrou no lugar de Souza, que saiu machucado logo aos 30 segundos de jogo e, hoje, passará por exame de imagem. “Eu não tinha nem sentado no banco de reservas. Pretendo agarrar a oportunidade”, destacou. Informações de A Tarde.

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