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Economia

Prêmio garante preço mínimo para o sisal produzido na Bahia, PB e no RN

Uma portaria interministerial publicada na última sexta-feira (19) no Diário Oficial da União (DOU), garante subvenção econômica, através do Prêmio de Escoamento de Produção (PEP) para a safra 2011/2012 produzida nesses estados.

A publicação da portaria vinha sendo cobrada aos ministros signatários pelos senadores que representam os estados produtores beneficiados. Segundo o senador Walter Pinheiro (PT-BA), a cultura do sisal gera a renda que possibilita a sobrevivência de aproximadamente 700 mil pessoas em mais de 40 municípios do semiárido baiano.

“Esta ação oferece sustentação ao comércio do sisal, melhorando a geração de renda das pessoas no campo, principalmente daquelas que dependem exclusivamente dessa produção para o sustento de suas famílias”, disse Pinheiro.

Maior produtor

O Brasil é o maior exportador de sisal do mundo, com uma produção anual de 119 mil toneladas. Segundo a vereadora Leninha (PT-Valente), que também é diretora do Sindicato dos trabalhadores Rurais de Valente, “sendo a região sisaleira da Bahia a maior produtora dessa fibra, os produtores rurais serão os maiores beneficiados com esse prêmio. Sem contar que ele chegou no momento certo, justo quando a cultura do sisal vivenciava o seu pior momento”.

De acordo com o diretor executivo da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), Ismael Ferreira, o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) vem sendo decisivo desde 2010, quando passou a valer para a cadeia do sisal.

“o Prêmio mudou a realidade dos produtores baianos, que antes não conseguiam vender sua produção por mais que R$ 0,80, o quilo. Hoje, por conta desta ação da Conab, o quilo do sisal está sendo negociado na região entre R$ 1,15 e R$ 1,25, o que representa um ganho real para o produtor”, diz Ismael.

Através da realização de leilões, o PEP garante o preço mínimo de R$ 1,04 para o produtor e concede subvenção econômica para os compradores de R$ 0,34 por quilo de sisal bruto, facilitando o escoamento da produção. A publicação da portaria pelos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento vinha sendo aguardada com ansiedade pelos produtores e compradores de sisal.

“Se esta política não tivesse continuidade, certamente os preços cairiam ao patamar que era praticado antes do programa. Com o prêmio, iniciado na safra de 2010, o preço do sisal foi subindo e no próximo leilão a expectativa é que seja negociado acima do valor mínimo exigido pelo governo”, prevê Ferreira. Foto: Alberto Coutinho/Secom-BA.

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