Jonas Pereira, Ronaldo Alves e Lourivaldo Anjos, custodiados há quase seis meses, em Jacobina, são acusados de serem os mandantes do assassinato do ex-vereador João de Quinho, ocorrido em dezembro de 2010, no municipio de Capim Grosso.
De forma pacífica e carregando faixas, cartazes e panfletos que reproduziam trechos dos depoimentos dos três acusados que já confessaram a autoria e a execução do crime. Além de declararem que os vereadores não participaram do crime, os manifestantes solicitaram espaço para falar em nome do movimento e dos vereadores presos.
Escolhidos entre os manifestantes o Pastor Acelino, da Assembleia de Deus, os servidores municipais Jackson Santos e Ronivaldo Alves (irmão do vereador Ronaldo), falaram emocionados do sofrimento das famílias e dos acusados, do sentimento de revolta, de injustiça e, principalmente, da morosidade da justiça que, mesmo com as novas provas, prisão e confissão dos verdadeiros mandantes e executores do crime, vem negando a liberdade dos vereadores.
Oradores
Os oradores fizeram questão de lembrar-se da trajetória politica dos vereadores, idoneidade e do trabalho de cada um nas localidades que representam e ressaltaram que os mesmos não representam perigo a sociedade e que tem trabalho, residência fixa, o que dariam direito a aguardar em liberdade, ate que a justiça começasse a ouvir as testemunhas, acusados e envolvidos. E deixaram no ar a pergunta “a quem interessa a prisão desses três vereadores diante das novas provas?”
Os vereadores também se revezaram na tribuna. Gildo de Jesus, Jonilton Matos e Fabio Queiroz lembraram a atuação dos colegas e a falta que eles fazem na Câmara e ao Município, e reafirmaram a inocência dos mesmos. Um dos discursos mais inflamados foi do vereador Pablo Piauhy, que disse sempre acreditar na inocência dos colegas presos.
Segundo Pablo, até mesmo o Secretário de Justiça do Estado não entende o porquê dos vereadores ainda continuarem presos, o que, inclusive, já motivou uma moção de repudio discutida e aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia, diante dos visíveis erros que são apresentados no inquérito.
Os manifestantes deixaram a Câmara pedindo justiça e que os vereadores possam voltar ao convívio da família e da sociedade, pois estão pagando por um crime que não cometeram.
Informações de Noticia Livre, por Edvan Reis