Justiça

Protesto de um Cidadão Baiano

É fato conhecido por todos os baianos o estado lastimável em que se encontrava esta rodovia federal, com buracos por todos os lados, reparos mal feitos, acostamento inexistente causando inclusive vários acidentes, o mato tomando conta do canteiro central e das laterais invadindo a pista, enfim abandono total do governo federal e incapacidade do poder estadual em resolver os problemas.

Convivemos com esta situação por longos anos, indo e vindo por um asfalto que mais parecia uma colcha de retalhos.

Desejei imensamente que a rodovia fosse privatizada e pedagiada, pois achava que seria o fim destes problemas e que a nossa BR-324 ficaria igualzinha às rodovias pedagiadas que temos no sul do pais.

Quando foi finalmente privatizada, cheguei a comemorar intimamente e disse pra mim mesmo que teria prazer em pagar o pedágio, tamanha era a precariedade da rodovia. Acontece que o que estou vendo é um engodo!

Capinar o mato, colocar cascalho no acostamento e recapiar alguns trechos é engodo! As praças de pedágio estão lindas e maravilhosas! Mas o resto não!

A situação era tão ruim que quando eles capinaram todo aquele matagal, a estrada se transformou, tivemos uma nova imagem e achamos que tudo ia naquele embalo. Mas a realidade é outra.

Os serviços grandes que demandam investimento maior, não são feitos.

O trecho que inicia no entroncamento da BR-101 e vai até a praça de pedágios após Amélia Rodrigues, sentido Salvador, é uma vergonha! O asfalto esta tão ruim que até parece os remendos que eram feitos pelo antigo DNER.

Quando estive naquela praça, após passar por aquele trecho, por diversas vezes, perguntei a atendente se era justo eu pagar o pedágio por uma rodovia que estava nestas péssimas condições.

A resposta era sempre que eu deveria ligar pro 08006000324 e fazer a minha reclamação. Assim eu fiz por algumas vezes e nada adiantou, só balela e tapeação, até que resolvi fazer o seguinte: parar no pedágio e fazer a mesma pergunta e dizer que não iria pagar por insatisfação com o serviço prestado pela concessionária, como prevê o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor.

Desliguei o carro e fiquei esperando pra ver o que dava.

Atrás de mim parou uma carreta e logo veio um funcionário que mandou ela dar marcha ré, colocou um cone atrás de mim, e acendeu a luz vermelha no quiche que eu estava.

Depois de muita conversa e justificativa do meu protesto, o fiscal passou um rádio pra supervisora que disse que eu poderia preencher um boletim de reclamação, mas que não iria dispensar a cobrança.

Como eu não estava pra brigar, mas sim pra protestar, preenchi o boletim de numero 0095, paguei e fui embora depois de bloquear o guichê por 25 minutos demonstrando minha indignação.

Na próxima vez que eu passar, se nada for feito e estiver como está agora, vou parar e não vou mais preencher boletim algum. Simplesmente não vou aceitar pagar sendo lesado e enganado.

Temos que acabar com a impassividade e protestar civilizadamente. Só com o protesto de todos, conseguiremos mudar as coisas. Temos de mostrar que os baianos não são submissos e sabem exigir os seus direitos.

Um Cidadão Baiano

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