Mencionando custos bem mais acessíveis, o líder oposicionista classificou como exorbitante o valor de R$ 3.990.796,88 que o Governo Municipal pagou à empresa Trafti, vencedora do certame, por nove semáforos.
Conforme o edil, nove sinaleiras foram instaladas pela Trafti em Feira de Santana, sendo que a mais barata custou R$ 260.214,91 e a mais cara R$ 874.319,90. Munido de notas fiscais, Tourinho disse que, no governo passado, a empresa vendeu sinaleiras com preços bem mais em conta. “De 2003 a 2008, cada sinaleira que a Trafti vendeu para Prefeitura custou R$ 187.702,00. Por que agora está custando tão caro essas sinaleiras?”, questionou.
Segundo ele, no dia 26 de setembro deste ano, Reinaldo de Souza Teixeira, ex-chefe da Divisão Financeira da Prefeitura, alertou, através de uma correspondência, o superintendente municipal de Trânsito, sobre irregularidades nos documentos apresentados à Prefeitura pela empresa Trafti, no tocante a aquisição e implantação de semáforos.
O líder oposicionista relatou que o alerta de Reinaldo foi descartado pelo atual diretor da Superintendência de Trânsito, Denílson Santiago, e ainda provocou a sua demissão.
Versão da empresa para os valores
Em entrevista ao portal de notícias Bom Dia Feira, o diretor-presidente da Tráfit, Mário Eugênio Flores, ressaltou as qualidades que o conjunto semafórico oferece a segurança no trânsito. “É um semáforo moderno e que reduz acidentes. As pessoas que estão preocupadas com estas denúncias vazias devem procurar os números dos acidentes nesses cruzamentos em foram instaladas essas sinaleiras”, disse.
Quanto aos valores cobrados pelo conjunto semafórico, o diretor presidente da Tráfit disse que as sinaleiras adquiridas na administração passada junto a empresa foram compradas da mesma forma, por inexigibilidade de licitação. “Nossos produtos são patenteados e a Lei faculta a licitação para produtos com patentes. No governo passado foram adquiridos semáforos de outro modelo”, respondeu.
O empresário enumerou as diferenças dos produtos comprados no governo Tarcízio Pimenta com as convencionais. “Foram instalados semáforos que tem colunas revestidas de fibra de vidro e pintura automotiva que dá o acabamento no produto”, disse.
“Foram colocados painéis de mensagens programadas por torpedo de celular. Existe toda uma tecnologia. Eles permitem também a contagem de veículos. Tudo tem um custo. É um semáforo diferenciado. Tem que comparar os preços com produtos semelhantes”, concluiu. Informações da Ascom/CMFS e Bom Dia Feira. Foto Acorda Cidade.