Política & Economia

Posse de Rui Costa na Casa Civil foi ato de candidato a governador da Bahia

O prédio da Fundação Luis Eduardo Magalhães, no CAB, ficou pequeno. Antes mesmo de se chegar na FLEM já dava para se mensurar o tamanho do evento. Carros e mais carros estacionados, que ocupavam todos os espaços desde as imediações da governadoria, se estendendo pela União dos Municípios da Bahia (UPB).

Lá dentro da FLEM, políticos, jornalistas e convidados se espremiam. Quem chegou mais cedo conseguiu entrar no auditório, mas quem se atrasou teve de se contentar com os espaços periódicos, os corredores, os jardins, e outros setores da Função. “Eu fiquei mais distante, porque ninguem conseguia chegar perto. Falei com Rui no dia anterior que estaria lá, mas disse que poderia nem lhe ver de perto”, disse Alexandre Brust, presidente estadual do PDT.

Diante de tantos convidados, o novo secretário fez um discurso focando o futuro, destacando o trabalho de Eva Chiavon, a quem irá substituir, e traçando metas. “Venho ajudar o trabalho do governador Jaques Wagner, que faz uma administração democrática neste Estado. Agora, o meu desafio será maior ainda”, pontuou Rui Costa sob olhares atentos.

Embora o evento tenha sido algo de um candidato a cargo de grande porte, Costa disse que o seu retorno ao governo não poderia ser entendido como um prenúncio de que seu nome está colocado para a sucessão estadual. “Em hipótese nenhuma. Eu vim cuidar da gestão e não da política. Eu não vou fazer nenhuma especulação e acho que este não é o momento de quem é verdadeiramente amigo do governador de falar em 2014”, declarou.

Presente, o governador Jaques Wagner elogiou o trabalho de Rui Costa e não quis comentar sobre as especulações em relação à sua sucessão. O governador mandou um recado para a sua base de apoio, apesar de não querer explicitar para quem se tratava. “Abrir mão agora pode significar colher algo maior amanhã”, comentou.

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), em discursom, creditou a Rui Costa, na época em que este era secretário das Relações Institucionais, a entrada de PP e PDT na base do governador Jaques Wagner. Segundo Nilo, “foi Rui quem conseguiu reequilibrar a base do governador, quando o PMDB saiu do governo”.

Interior em massa

Além de políticos da capital como secretáriois estaduais, deputados federais e estaduais do PT e partidos aliados, lideranças e presidentes de partidos, o interior também teve presença destacada no retorno de Rui Costa a governo. Enfim, estavam lá prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças diversas, principalmente pré-candidatos nas eleições deste ano.

Nossa reportagem registrou as presenças dos pré-candidatos Tânia Matos (Riachão do Jacuipe), Osvaldo Júnior (Ichu), os prefeitos Osni Cardoso (Serrinha), Almir de Maciel (Barrocas), Ribeiro Tavares (Candeal), Bequinho (Retirolândia, entre tantos outros.

Por Evandro Matos (Foto: Agecom) 

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