De acordo com o balanço registrado no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), só na sexta-feira (6) foram registrados 28 homicídios, além de outras dez tentativas.
Parte da Polícia Militar da Bahia está em greve desde terça-feira (3). Tropas do Exército foram deslocadas do Recife para Salvador para ajudar na segurança pública da capital baiana, mas a onda de violência prossegue.
Neste sábado (04), mais dois assassinatos foram registrados. Um policial civil foi assassinado por volta das 10h, na Avenida Antônio Carlos Magalhães. A vítima, identificada como João Carvalho Filho, 48 anos, foi morta com cerca de 15 tiros na região do tórax.
Outro caso recente, também nesta sábado, aconteceu às 0h23, na Praça São Braz, no bairro de Plataforma, onde foi encontrado o corpo de um homem com identidade não identificada.
Balanço
Na noite da sexta-feira, a SSP-BA registrou as mortes de dois homens em Cosme de Farias, outros dois homens em Canabrava, uma mulher que estava na Praça da Liberdade, e de mais um jovem em Itinga.
Na quinta-feira (2), segundo dia após o anúncio da greve, o órgão somou 14 homicídios. Já na quarta-feira (1º), primeiro dia do movimento, foram confirmadas oficialmente sete mortes decorrentes de crimes.
Já na Avenida Jorge Amado, em Pituaçu, quatro corpos foram encontrados no início da manhã. De acordo com as informações da polícia, por conta da proximidade em que os corpos foram encontrados, a primeira hipótese levantada pelos investigadores é a de que possa ter acontecido uma chacina no bairro.
No bairro do Sete de Abril, uma mulher de 39 anos e um adolescente de 17, foram mortos na frente de casa. As primeiras informações da polícia dão conta de que se tratava de mãe e filho, mortos por volta das 6h. Os outros crimes aconteceram em vários pontos de Salvador e municipios de Região Metropolitana.
A greve de parte dos PMs foi decretada na noite de terça-feira (31). A Secretaria de Segurança Pública estima que 1/3 do efetivo total, de 31 mil, esteja parado.
Os policiais grevistas são vinculados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), que organiza a mobilização e desobedece ordem judicial que determina retomada às atividades.