Os parlamentares foram liberados para conversar com os policiais grevistas que ocupam o prédio desde a noite da última terça-feira (31). Além, deles o ex-deputado João Carlos Bacelar (PTN), atual secretário municipal de Educação, também entrou no edifício.
O general Gonçalves Dias, comandante da 6ª Região Militar, pediu ao grupo que sejam sensatos no contato com os manifestantes e não atrapalhem as negociações. Foi anunciado que o secretário da Casa Civil, Rui Costa, participará ainda nesta segunda do encontro com associações de policiais militares.
Outro princípio de confronto aconteceu durante a tarde, quando um caminhão do Exército tentou descarregar tapumes e foi impedido por grevistas que estão na área externa da AL-BA. Depois da confusão, o veículo se retirou sem realizar a tarefa.
Barrados na ALBA
Pela manhã, um grupo de deputados da oposição foi barrado pelo Exército quando tentava intermediar as negociações com os policiais grevistas que ocupam a Assembleia Legislativa.
“Nós viemos para evitar uma tragédia maior que seria um avanço da força militar para tirar os manifestantes, mas fomos impedidos de entrar na Assembleia, que é a nossa casa. O nosso intuito seria ajudar, nos colocar à disposição para fazer a mediação, mas até o Samu [Serviço Médico de Atendimento de Urgência] foi proibido de entrar para atender uma pessoa que está passando mal lá dentro. Fomos recebidos com fuzil e metralhadora. Os soldados não ameaçaram, mas mandaram nos afastarmos e chamaram reforço do Exército para nos intimidar. Nos intimidaram dentro da nossa casa”, relatou o deputado Sandro Régis (PR).
Para Leur Lomanto Jr. (PMDB), a situação é “absurda” e o clima é “muito ruim” no local. “A nossa preocupação é evitar um derramamento de sangue dentro da Assembleia”, ponderou o peemedebista.
Já Bruno Reis (PRP) ressaltou que o papel da ala da minoria, diante do impasse, é colaborar para que a greve seja cessada. “O nosso posicionamento é diferente do governo de hoje que, quando era oposição, em 2001, estimulou e bancou a greve da PM, doando combustível e recursos. O nosso entendimento é o de que o movimento seja finalizado, reforçando o nosso compromisso com a sociedade baiana”, declarou.
Além deles, os deputados Pedro Tavares e Luciano Simões (PMDB), Adolfo Viana (PSDB) e Carlos Geílson (PTN) também tentaram a entrada ALBA. Informações e foto do Bahia Notícias.