Polícia

Greve da PM: PMs cantam após reunião sem acordo: “Ôôô, o Carnaval acabou”

Os manifestos aconteceram no final da tarde desta terça-feira (7), após uma reunião entre grevistas e o governo do estado que não chegou a nenhum acordo para o fim da greve.

No início da noite desta terça-feira (7), soldados do Exército fizeram mais um cordão de isolamento em frente à assembleia. Apesar disso, o clima no local é de tranquilidade. O Exército segue sem falar de invasão.

Em entrevista à Globo News, o governador Jaques Wagner voltou a garantir a realização do Carnaval com policiamento. “O planejamento está todo feito para o carnaval. O investimento de R$ 30 milhões na segurança será mantido”, disse, salientando que a “Operação Carnaval”da polícia começa na terça, quando PMs do interior chegam à capital.

Impasse

“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP IV, e eventualmente até da GAP V, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo”, afirmou o governador.

Os grevistas recusam a proposta de reajuste oferecida pelo governo de 6,5% retroativo ao mês de janeiro. Além do aumento salarial, a categoria reivindica o pagamento da GAP IV e V, e a regulamentação do pagamento de auxílio acidente, insalubridade e periculosidade.

Os grevistas também pedem anistia administrativa e revogação das prisões dos 12 líderes do movimento.

Prisão

O sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros (Aspol) e um dos líderes do movimento grevista da Polícia Militar baiana, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta terça-feira (7).

Elias Alves é um dos 12 grevistas que tiveram a prisão decretada pela Justiça, anunciado pelo governador Jaques Wagner na última sexta-feira (3), em pronunciamento para a toda a Bahia nas emissoras de rádio e TV.

Nesta segunda, a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra – BA) informou que 10 grevistas que tiveram a prisão decretada teriam deixado a Assembleia Legislativa, ocupada deste a última terça-feira (31), e foram para cidades do interior da Bahia mobilizar outras entidades ligadas à polícia.

A Polícia Federal, no entanto, ainda não informou o local e as circunstâncias em que o policial foi preso. Ainda segundo a associação, Marco Prisco, presidente da Aspra e líder do movimento grevista, seria o único PM que teve prisão decretada e permanecia ocupando a Assembleia. Informações da TV BA e foto do Correio. 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo