A principal reivindicação é para que o prefeito não sancione o reajuste da passagem de ônibus definido pelo Conselho Municipal de Transportes que é de 6% e vai aumentar de R$2,35 para R$ 2,50 a tarifa do transporte coletivo.
De acordo com Yuri Cerqueira, representante do DCE-Uefs, os manifestantes não foram recebidos por nenhum preposto do município e por isso estão acampados. “Queremos que o prefeito não sancione este aumento e sente para dialogar com a gente para que possamos discutir outros pontos das nossas reivindicações”.
O estudante garantiu que a manifestação está sendo pacífica, porém o comandante da Guarda Municipal, Marcos Vinicius, em entrevista ao Interior da Bahia, afirmou que está havendo depredação do patrimônio público.
“Infelizmente alguns bandidos disfarçados de manifestantes destroem patrimônio que pertence a todos nos e que é pago com o dinheiro dos nossos impostos. Eles vêm aqui com pedras e promovem isto”, disse o comandante mostrando várias vidraças quebradas no prédio da prefeitura.
Ainda segundo Marcos Vinicius, durante o ato de vandalismo um funcionário da prefeitura foi atingido por uma das pedras arremessadas e teve ferimentos em uma das mãos.
Estação de transbordo
Simultaneamente ao movimento na frente da prefeitura, também na tarde desta quarta (28) um outro grupo com cerda de 400 jovens, liderados pelo Movimento Levante e Lute da Uefs e Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames), fazia piquete na Estação Central de Transbordo.
De acordo com a representante da Ames, Luana Brito, na associação não apoia atos de vandalismo e desordem. “Quando passamos nas salas de aula para convocar os alunos, deixamos bem claro que estávamos aqui para fazer manifestação com nossa voz e nossas reivindicações. Hora nenhuma pedimos para ninguém trazer pedras ou paus, nem tocar fogo em ônibus. Mas nós não podemos controlar quem tá vindo com essas intenções. Tem muita gente aqui que vem aproveitar para fazer baderna e culpar os estudantes”, esclareceu a representante da Ames.
Enquanto a equipe do Interior da Bahia estava nos arredores da Estação de Transbordo houve momentos de tensão e correria. Barulhos de bombas foram ouvidos e muitos estudantes saíram correndo em pânico.
Reivindicações
Em um ponto todos os movimentos estão de acordo: o não aumento da passagem de ônibus. Porém o DCE e MSTB ainda solicitam melhorias do sistema de transporte, ampliação no número de pontos de ônibus e revisão da planilha de custos.
Já a Ames e Movimento Levante incluem na pauta de reivindicações a criação de uma “Lei dos 15 minutos”, que estipularia em 15 minutos o tempo máximo de espera de um usuário em um ponto de ônibus; e ainda luta pela inclusão da Associação no Conselho Municipal de Transporte.
Sem Teto
De acordo com Marcos Souza, representante do MSTB-Feira de Santana, além das pautas em relação ao transporte publico existe às demandas particulares do movimento. “Queremos o atendimento e assistência da prefeitura para o acampamento em frente a Uefs, na antiga fábrica da Alimba. Essas pessoas não são vistas pelo poder público daqui. Lá moram idosos, crianças… Já estamos com esta pauta a mais de um ano e nunca fomos ouvidos. Estamos aqui acampados e não temos previsão para saída”, finalizou o representante.
Por Ana Emíllia