Segundo informações da Policia Civil, os elementos chegaram em dois veículos de cor preta no bairro Alto do Cruzeiro, onde residem os parentes de Lucas. Seis homens armados desceram dos veículos, sendo dois encapuzados e os outros de boné encobrindo os olhos.
Eles ordenaram que o jovem entrasse em um dos veículos à força. Lucas estava em frente à padaria de seu avô, no Alto do Cruzeiro. “Os elementos arrastaram os veículos rapidamente, com destino ignorado, e quase emborcam um (dos veículos) na saída”, disse uma testemunha.
Chuchu, como é mais conhecido, residia no Loteamento Mandacaru, mas estava no Alto do Cruzeiro na hora do sequestro. “Quando eles chegaram Chuchu estava bem ali”, continuou a testemunha, mostrando a frente da padaria. “Eles estavam com armas pesadas, penduradas no pescoço, dois encapuzados e os outros de boné cobrindo o rosto saíram dos carros. Obrigaram todo mundo encostar na parede e ficar de costas. Até o velho, avô do menino”, concluiu.
Buscas
Após queixa da família, a policia montou uma operação e fez várias buscas até as primeiras horas da madrugada desta quarta-feira na tentativa de resgatar o jovem. Porém, as buscas foram em vão. “São muitas estradas, rodamos por isso aí tudo, mas não encontramos nada”, disse um policial à reportagem do Interior da Bahia.
Corpo encontrado
Logo ao amanhecer do dia desta quarta-feira o corpo de Lucas Henrique foi encontrado em uma estrada vicinal, que sai na BA-120, nas imediações da ladeira da Juliana, próximo a Conceição do Coité. Segundo informações da Policia, o corpo de Lucas, que tem uma tatuagem com o nome da mãe em um dos braços, foi reconhecido pelo irmão. O jovem foi alvejado por cerca de trinta tiros, que atingiram o seu rosto e várias partes do corpo.
Logo após a noticia se espalhar pela cidade, uma grande movimentação se formou em frente ao Hospital Municipal de Riachão do Jacuípe, com a presença de várias pessoas e familiares da vítima para aguardar a chegada do corpo, que depois foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Feira de Santana.
Motivação politica
A policia informou que trabalha com várias linhas na investigação, mas admite que o crime tem fortes indícios de motivação politica. Chuchu trabalhava para a coligação “Riachão Mais Feliz”, da candidata Tânia Matos (PDT), na fiscalização de compra de voto, principalmente nos bairros do Alto do Cruzeiro e Loteamento Mandacaru.
Ele vinha sendo ameaçado pelos adversários, já que era dos mais aguerridos da equipe. Poucos minutos antes de o sequestro acontecer, Chuchu tinha feito um “giro” para inibir a ação no bairro.
Da redação (Foto: Raimundo Mascarenhas/ CN)
