Foram escolhidas 64 gestoras este ano, ante 47 vencedoras em 2008. O crescimento é maior até do que a média nacional (31,5%), desempenho que garantiu 663 prefeitas a partir de janeiro de 2013. Este ano, pela primeira vez, vigeu a lei 12.034/2009, que impõe um limite de 30% (mínimo) e 70% (máximo) para candidatos de cada sexo.
No total verificado este ano, a Bahia é o terceiro estado com maior número de mulheres comandando municípios, perdendo apenas para Minas Gerais (com 71 vencedoras), e São Paulo, com 67. “Isso mostra que a mulher está ocupando seu espaço na política também, pois este é um espaço democrático e que deve ser ocupado e debatido por todos”, afirmou o presidente da UPB e prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. O Acre é o único entre os 26 estados sem nenhuma prefeita eleita.
Ainda de acordo com a entidade, a sucessão municipal contou com 182 candidatas a prefeita e 200 representantes do sexo feminino concorrendo à vice, posto ao qual em Salvador será ocupado por uma mulher, tendo em vista que os prefeituráveis que passaram para o segundo turno – ACM Neto (DEM) e Nelson Pellegrino (PT) – têm como companheiras de chapa Célia Sacramento (PV) e Olívia Santana (PCdoB).
Entre as prefeitas mais veteranas, a Bahia conta com Rilza Valentin (PT) – reconduzida em São Francisco do Conde com 75% dos votos – e Carmem Gandarela, de volta à prefeitura de Madre de Deus. Outra surpresa foi a deputada Cláudia Oliveira (PSD), eleita em Porto Seguro numa votação acirrada após ser divulgado um vídeo em que a postulante aparece falando sobre um suposto desvio de verbas. Em Conde, Marly Madeirol vai substituir o marido, Paulo Madeirol, que teve a candidatura indeferida.
Foram eleitas também Tania Matos (PDT), em Riachão do Jacuípe, Verinha (PSDB), em São José do Jacuípe, Fátima Nunes (PSD), em Euclides da Cunha, Karina Silva (PSB), em Amargosa, Normélia (PRB), em Conceição do Jacuípe, entre outras.
Nas nove capitais já definidas, apenas em Boa Vista ocorreu vitória feminina, com Teresa Surita (PMDB), em Boa Vista. O percentual de candidatas do sexo feminino também aumentou, crescendo 21,3% neste ano, em relação a 2008. Uma segunda mulher pode ser escolhida para dirigir uma capital.
A senadora Vanessa Grazotian (PCdoB) disputa o segundo turno com o ex-senador Artur Virgílio Neto, que perdeu a reeleição ao parlamento justamente para a adversária em 28 de outubro. (Informações da Tribuna da Bahia).