Política & Economia

Lula não perdoa. Se preciso, mata!

As pesquisas lhe davam bons índices de voto. E mostravam que, uma vez Ciro fora do páreo, a maioria dos votos dele migrava para José Serra (PSDB).

Nada mais razoável, pois, que fosse candidato para vencer, se possível, ou para ajudar Dilma Rousseff a vencer.

Para isso precisava que Lula lhe desse uma mão. Não só concordasse com sua candidatura, como lhe cedesse o apoio de alguns pequenos partidos comprometidos com a candidatura de Dilma.

O apoio de partidos aumentaria o tempo de propaganda eleitoral de Ciro no rádio e na televisão. O tempo do PSB não seria suficiente.

Lula cozinhou Ciro em fogo brando. Passou meses repetindo que jamais lhe pediria para deixar de ser candidato. Prometeu encaixá-lo, junto com Dilma, nas viagens oficiais pelo interior do país.

Levou Ciro para visitar o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. E foi só.

Mais tarde inventou aquela história sem pé nem cabeça de Ciro ser candidato ao governo de São Paulo. Pediu e obteve dele a transferência para São Paulo do seu domicílio eleitoral.

Por fim largou-o de mão. Apoio de pequenos partidos? Esqueça.

Foi quando Ciro começou a disparar contra a aliança PMDB-PT. E, de leve, contra Dilma.

Então Lula decidiu matar de vez a candidatura Ciro.

Em conversa com o governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente do PSB, queixou-se de Ciro. Disse que ele ultrapassara os limites permitidos para críticas. E ordenou ao seu modo: livre-se dele.

É o que Eduardo está pronto para fazer. A próxima eleição presidencial deve ter um turno só, deseja Lula. Para perder ou ganhar com Dilma.

Por Ricardo Noblat

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