Política & Economia

Kassab define sua ida para o PMDB e formação de bloco de olho em 2014

A movimentação de Kassab criará uma terceira força política em São Paulo, com potencial de romper a polarização entre PT e PSDB, surgida no ocaso do malufismo nas eleições majoritárias. Em conversas na última semana com aliados, o prefeito disse que aguardará a eleição do novo comando do DEM, em março, para anunciar a sua saída.

O prefeito articula levar grande parte dos 70 prefeitos do DEM, que se somariam aos 68 do PMDB, criando uma das principais forças partidárias de São Paulo e ameaçando a hegemonia dos tucanos, que governam o estado desde 1995 e têm planos de reeleger Alckmin – PTB e PT, que têm 63 e 65 prefeituras, respectivamente, seriam ultrapassados pelo PMDB.

Entre os cotados para migrar para o PMDB com Kassab estão o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), que iniciou negociações ainda com Quércia, e a prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Veras (DEM).

O prefeito também ampliará a participação do PMDB no seu governo. A legenda, que hoje tem a vice-prefeitura e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, com Alda Marco Antônio, pode ocupar mais duas pastas.

Apontado como candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2014, Kassab fechou, na semana passada, com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) os detalhes sobre a mudança para o PMDB paulista, esvaziado após a morte de Orestes Quércia.

Ele sinalizou para a cúpula tucana que marchará com o PSDB. A movimentação é feita com o aval dos aliados de José Serra, mas desperta desconfiança de aliados de Alckmin.

Parecer                                   

Kassab pediu pareceres de advogados sobre a possibilidade de ter o mandato requerido pelo DEM. Um dos especialistas consultados relatou ao Estado que a avaliação levada ao prefeito foi de que o Supremo Tribunal Federal tem entendido que os mandatos no Executivo pertencem aos eleitos – não aos partidos. O risco de perder a cadeira seria, portanto, pequeno.

O entendimento é diferente no caso dos parlamentares. Kassab quer levar com ele a bancada de seis deputados federais eleitos pelo DEM. Parlamentares ligados ao PPS também têm negociado a migração para o partido. A mudança, no entanto, só será possível se houver a aprovação de uma janela partidária. Informações da Folha de S. Paulo.

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