O próprio juiz havia mandado prender os vereadores em 22 de dezembro de 2011, atendendo um pedido do Ministério Público Estadual, que deflagrou a “Operação Caribe” para apurar crimes de corrupção ativa e passiva em transações com indícios de irregularidades envolvendo vereadores e empresários do ramo imobiliário dos municípios de Mucuri e Nova Viçosa.
Após 42 dias de prisão, o juiz mandou soltar os vereadores com base em determinação do desembargador Luiz Fernando Lima, que atendeu a três pedidos de hábeas corpus: um em favor do presidente da Câmara, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho” (PSDB), que estava recolhido na sede do 13º Batalhão da Polícia Militar de Teixeira de Freitas; outro em favor da vereadora Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB), que estava no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.
Por último, o pedido de hábeas corpus em favor dos vereadores Roberto Correia Bastos, “Nicó” (PSC), Márcio de Jesus Machado, o “Marcinho da Divisa” (PDT), Roberto Alves dos Santos, o “Professor Roberto” (PSC), que também estavam recolhidos no 13º BPM de Teixeira de Freitas e Wilson Pereira Cabral, o “Wilsinho da Pinheiro Móveis” (PR), que, por ser portador de paraplegia física, se encontrava em prisão domiciliar em Itabatã, distrito de Mucuri.
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A operação
A “Operação Caribe” foi desencadeada no dia 22 de dezembro de 2011, nos municípios de Mucuri e Nova Viçosa, para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas casas e nos gabinetes dos vereadores, além das casas e escritórios dos três proprietários do Loteamento Caribe, incluindo um vereador do município de Nova Viçosa, além de 7 mandados de prisão preventiva, incluindo 6 vereadores de Mucuri, inclusive o Presidente da Câmara, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, do PSDB.
Quatro dias depois, outros cinco mandados de prisão preventiva foram decretados pelo juiz Leonardo Santos Vieira Coelho.
Segundo a promotora de justiça titular de Mucuri, Milena Moreschi, “a operação promovida pelo Ministério Público visou desbaratar um suposto esquema de corrupção na Câmara de Mucuri, referente a pagamento por empresário do ramo imobiliário de vultosas quantias e na doação de bens imóveis a pelo menos oito dos nove vereadores do município, que, como compensação, teriam se comprometido a aprovar e apressar a votação do Projeto de Lei de interesse do setor imobiliário”. Com informações do Teixeira News (Foto: Bocão News).